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Indústrias de aves e suínos do Brasil não planejam cortar produção

Funcionários de frigorífico na China embalam cortes de porco em imagem de 2017; país é o maior produtor mundial da carne — Foto: Dominique Patton/Reuters

As indústrias de aves e suínos do Brasil não têm planos para cortar produção ou dar férias coletivas a trabalhadores em meio à crise do coronavírus, disse nesta terça-feira (17) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os frigoríficos do setor.

O diretor-executivo da entidade, Ricardo Santin, afirmou via telefone que a crise está alterando os hábitos de consumo, mas que não teve impacto significativo nem sobre a demanda doméstica, nem sobre a procura por exportações.

“Boi tem situação diferente (do nosso setor). Boi pode ficar no pasto sem custo. Diferente de aves e dos suínos”, disse Santin.

“Estamos conscientes que o período pode ser complicado. Todas as empresas têm seus planos de contingência”, acrescentou.

A produtora de carne bovina Minerva anunciou reduções de abate em meio a problemas logísticos decorrentes da crise sanitária iniciada na China, principal parceira econômica do Brasil.

Em relação aos mercados externos, Santin disse que os volumes diários de embarques de carnes suína e de aves nos 10 primeiros dias de março indicaram que os números das exportações serão fortes, em linha com o mesmo mês do ano passado.

Considerando que países como a China seguem lidando com doenças que afetam animais, como a peste suína africana e a gripe aviária, o Brasil continuará a se beneficiar das fortes importações de alimentos pela Ásia, afirmou ele.

Reuters

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