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Mais de 10% da soja exportada por MS é escoada pelo terminal de Porto Murtinho

Terminal de Porto Murtinho, no sudoeste de Mato Grosso do Sul — Foto: Chico Ribeiro/Subcom-MS

Mato Grosso do Sul exportou no primeiro quadrimestre de 2019, 1,066 milhão de toneladas de soja. Desse total, 107,512 mil toneladas, 10,08% do total, foram embarcadas pelo terminal em Porto Murtinho, na região sudoeste do estado, via hidrovia do Paraguai, segundo dados do Ministério da Economia.

Nestes quatro meses, o porto de Murtinho foi a quarta principal estrutura de escoamento da soja sul-mato-grossense. Ficou atrás somente dos portos de: Paranaguá (PR), por onde foram embarcadas 443,295 mil toneladas (41.58 % do total); São Francisco do Sul (SC), com 246,944 mil toneladas (23.16%) e Santos (SP), com 212,334 mil toneladas (19,91%).

A oleaginosa escoada por Murtinho seguiu para a Argentina, onde a operadora do terminal possui uma planta de esmagamento. O país é o segundo maior comprador da soja do estado. Nestes quatro meses adquiriu 163,466 mil toneladas, ficando atrás somente da China, que no mesmo período comprou 689,420 mil toneladas.

A expectativa do governo do estado é de um aumento ainda maior das exportações por Murtinho a médio prazo, já que estão em andamento três grandes projetos para a instalação de novos terminais no município, que está sendo chamado de “nova Paranaguá”, em referência a importância do porto paranaense.

Um destes projetos é do grupo argentino Navios South American Logistics, que em abril pediu a secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) de Mato Grosso do Sul, a licença ambiental de instalação de um terminal portuário para o escoamento de grãos e líquidos em Porto Murtinho.

A Navios Logísticas projeta a construção de um porto multimodal para grãos e líquidos, com investimento inicial de R$ 110 milhões, entrando em operação em dezembro de 2020.

O terminal com modelo de suporte e design de última geração terá capacidade para 80 mil toneladas de grãos (três silos e um armazém), além da estrutura de tancagem, com sistema ágil e eficiente de carga e descarga simultâneo e três posições independentes de barcaças. A estrutura prevista, conforme o projeto, vai agilizar o transbordo e reduzir a demora na movimentação das cargas no pátio e o tempo de trânsito na hidrovia.

G1

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