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População se reúne no cafezal do Instituto Biológico para dar início à colheita paulista de café

A população paulista teve a oportunidade de colher e acompanhar algumas etapas do processamento de grãos de café das variedades Catuí e Novo Mundo, cultivados no cafezal urbano do Instituto Biológico

A população paulista teve a oportunidade de colher e acompanhar algumas etapas do processamento de grãos de café das variedades Catuí e Novo Mundo, cultivados no cafezal urbano do Instituto Biológico (IB) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, durante a 12ª edição do “Sabores da Colheita”, realizada nesta quarta-feira, 24 de maio de 2017.

O tradicional evento, que marcou as comemorações pelo Dia Nacional do Café, contou com a presença do secretário Arnaldo Jardim e de representantes do segmento produtivo, da indústria e da comercialização do café, que enalteceram a importância do grão para a economia e para o desenvolvimento do Estado e do Brasil.

Para Arnaldo Jardim, a história do café se confunde com a história paulista e brasileira. “O café une todos os que estão aqui nesta colheita e que fazem do café uma realidade econômica, cultural e tecnológica muito avançada, uma marca do Brasil para o mundo. A cultura do nosso café é sustentável, harmônica com meio ambiente e aceitamos o desafio de produzir com cada vez mais qualidade”, avaliou.

De acordo com o secretário, apesar de não ser o maior Estado produtor do País, São Paulo tem fundamental importância para a cultura, por ser o centro da inovação e da pesquisa de cultivares e soluções para manter a sanidade na produção. “Neste ano, São Paulo deverá colher cerca de seis milhões de sacas de café e o Porto de Santos é estratégico para a produção, pois concentra cerca de 98% da exportação brasileira”, afirmou.

Para Arnaldo Jardim, a história teve início com a fundação do Instituto Agronômico (IAC), pelo Imperador Dom Pedro II há 130 anos, que desenvolveu cerca de 90% das cultivares utilizadas hoje no Brasil e internacionalmente; e do Instituto Biológico, há 90 anos, onde se originou o cafezal que hoje é aberto ao público.

De acordo com o diretor do Instituto Biológico (IB), Antonio Batista Filho, “nosso Instituto nasceu por conta do café e, graças à atuação de nossos parceiros, tem dado uma grande contribuição à cultura cafeeira paulista. O Sabor da Colheita resgata a importância do campo e do produtor rural para a população urbana”, disse.

“Em meio a tantas incertezas no atual momento, estamos tranquilos porque o agro brasileiro talvez seja o único a nos alentar sobre o funcionamento das coisa na direção correta”, afirmou Dagmar Cupaiolo, presidente do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé), parceiro do Biológico na realização do evento.

Participaram da colheita o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Nelson Carvalhaes; o presidente da Câmara Setorial de Café, Eduardo Carvalhaes; Nathan Herszkowicz; o conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Renato Ticoulat Filho; o engenheiro agrônomo Aldir Alves Teixeira; os prefeitos regionais de Vila Mariana, Benedito Mascarenhas Louzeiro, e da Lapa, Carlos Eduardo Batista Fernandes; o presidente da República de Vila Mariana, Walter Taverna; e o presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China, Fabio Hu.

Também estiveram no evento os coordenadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Orlando Melo de Castro, e de Defesa Agropecuária (CDA), Fernando Buchala; o secretário-executivo das Câmaras Setoriais da Secretaria, Alberto Amorim; os diretores dos institutos de Economia Agrícola (IEA), Celso Vegro; de Tecnologia de Alimentos (Ital), Luis Madi; de Pesca (IP), Luiz Ayroza; e Agronômico (IAC), Sergio Carbonell; e o diretor de Abastecimento, Emilio Bocchino, representando o coordenador de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), José Valverde Machado Filho.

Tradição

Diversas gerações puderam vivenciar a experiência da colheita do café. Anilde Garavazzo Galleti, moradora do Jardim da Saúde, frequenta o evento há alguns anos na companhia do marido e afirma ser importante preservar esse espaço no meio urbano. “Somos privilegiados por ter esse cafezal em plena cidade”, afirmou.

Maria Antonia Vargas de Faria gostou tanto da experiência que produziu seu próprio café a partir dos grãos colhidos na edição anterior. “Na varanda da minha casa, fiz o processo de secagem, depois torrei os grãos no forno a gás e reuni a família para tomar o café, que ficou muito bom”, contou. Além de voltar para se informar com os especialistas do Instituto Biológico e melhorar sua produção, ela convidou a amiga Lilian de Brino. “Estou gostando muito da experiência de colher o café no pé, a gente se encanta com esse cafezal no meio da cidade”, afirmou.

Para Sebastião Dantas, que foi ao evento pela segunda vez, a iniciativa de abrir o cafezal ao público é fundamental para aproximar o campo da população que vive na cidade, em especial das crianças que não conhecem como o alimento é produzido. “O diferencial desse café é que ele é cultivado de forma orgânica, o que influencia para torná-lo muito mais saboroso. É uma experiência muito interessante”, disse o ambientalista, que mora na zona sul da Capital.

Portal do Agronegócio

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