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Rebanho de suínos da China cresce pela 1ª vez em um ano em novembro.

Criadores de suínos do Brasil estão otimistas com mercado — Foto: Reprodução/TV TEM

O rebanho de suínos da China cresceu 2% em novembro ante o mês anterior, disse o governo do país nesta segunda-feira (9), na primeira alta em um ano.

Já o número de porcas aumentou em 4% em outubro, disse o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais em seu site, no segundo mês consecutivo de aumento no estoque de rebanhos reprodutores.

O dado tem sido acompanhado de perto pelo mercado, uma vez que a China tem enfrentado surtos de peste suína africana que têm devastado seu rebanho de suínos, que já foi reduzido em 41% na comparação anual até outubro.

A doença teve efeito direto no aumento dos preços das carnes no Brasil, já que os chineses aumentaram a compra de proteínas animais brasileiras para suprir a demanda da maior população do planeta.

Embora alguns analistas ainda vejam os números oficiais como conservadores, os dados do governo equivalem a uma redução de 175 milhões de porcos no rebanho do país.

O banco holandês Rabobank estimou que o rebanho será reduzido em 55% até o final do ano, enquanto outros apontam para um encolhimento ainda maior.

Os preços da carne suína saltaram para níveis recorde na China, pressionando a inflação ao consumidor no país ao maior nível em quase oito anos e colocando Pequim sob crescente pressão para assegurar a oferta antes de importantes feriados próximos.

O diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério da Agricultura, Yang Zhenhai, afirmou que a oferta estará apertada antes do próximo feriado do Ano Novo Lunar, no final de janeiro, depois que o suprimento de suínos caiu drasticamente entre junho e agosto deste ano.

No entanto, o aumento das importações e a liberação de carne de porco congelada das reservas estatais e de armazéns comerciais devem aumentar a oferta, enquanto os altos preços reduzirão o consumo.

“A situação de oferta e demanda em geral pode ficar melhor que o esperado”, afirmou Yang em comunicado.

Reuters

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