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HGCA : o retrato do abandono

Quando foi construído nos idos dos anos 80, com “status” de Hospital Geral, o Cléríston Andrade surgiu como modelo, e tinha por objetivo suprir uma grande lacuna na assistência médica da região. O idealizador desse importante nosocômio, o então governador João Durval Carneiro, jamais pensaria que, passados alguns anos, ele estaria não só ultrapassado em todos os aspectos mas em completo estado de abandono.O que seria a solução dos problemas de saúde da micro-região feirense, hoje é um verdadeiro caos.

Se no atendimento propriamente dito, é uma lástima, com pacientes espalhados por toda a área da emergência, aguardando serem atendidos, por médicos plantonistas que, em muitos casos não aparecem nos dias mais necessários, como domingos e feriados, bem como nas datas especiais.Em recente visita feita de surpresa, o secretário Sola constatou a alta cifra de 50% de médicos ausentes, sem qualquer justificativa. Entretanto, nada declarou quanto a possíveis melhoramentos exigidos para o pleno funcionamento do grande nosocômio. Não é demasia falarmos que sua situação física é degradante, sob todos os aspectos. Lixo prá todos os lados, macas que poderiam estar servindo aos pacientes abandonadas ao relento, cadeiras estragadas pelos corredores afora, paredes mofadas, instalações elétricas deficientes, janelas quebradas e amparadas com improvisações, são mostras de uma gestão que deixa a desejar.

Os flagrantes do abandono são notórios aos mais inocentes observadores. Um detalhe apenas se salva nesse emaranhado de coisas: a boa vontade do seu quadro de funcionários. Não fora isso, a primeira coisa que o Ministério Público deveria fazer era pedir a sua interdição imediata. Não se assuste alguém que por acaso ali compareça em visita a algum familiar internado, ou em assistência médica de urgência, um funcionário alertá-lo para que tenha cuidado, pois alguma coisa pode a qualquer momento cair em sua cabeça tal a situação em que está.

A Secretaria de Saúde do Estado, ao invés de insistir em terceirizá-lo, deve providenciar urgentemente uma reforma no HGCA, sob pena de vermos o seu funcionamento integralmente paralisado por falta de condições.

Fonte: Avido Medeiros

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