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A TRANSFORMAÇÃO DA ORDEM DOS TEMPLÁRIOS NA MAÇONARIA

Um peregrino misterioso, certa vez, subia a encosta de Monte-Serrat se dirigindo ao mosteiro. E como era costume da todos dirigiam cordial “Salve-o Deus”, que os espanhóis com quem cruzava os caminhos, o peregrino era desprezado, ninguém dirigia a palavra a ele.

Qual seria a razão dessa repugnância? Ninguém sabia. Alguns diziam ter sido um antigo cavaleiro que mancava de uma perna. Ele tinha um sinistro e ameaçador, que gelava o sangue de quem o fitava.

O peregrino ao chegar ao mosteiro, ajoelhou-se e bateu na porta. Um frade abriu a porta e ele penetrou timidamente.

De repente ele ouve a voz de um frade!
– Sabes que o caminho que segues, pode te conduzir a morte?
– O Pelegrino responde dizendo: – Sou um chefe.
– Um chefe? E que provas apresentas? Pergunta o frade.

O peregrino tira uma medalha e apresenta ao frade. Era a medalha dos sete luminares da Ordem dos Templários.

Identificado a medalha o frade o leva a uma sala de reunião, onde se encontravam uns 50 frades, formando um semi-circulo, elevado por um estrado, tinham sete cadeiras diferenciadas dos demais, onde seis delas estavam ocupadas e a sétima vazia.

O peregrino ao entrar dirige-se imediatamente ao lugar onde estavam os chefes e vai em direção a sétima cadeira.

Os frades gritam, fora, fora…

Os outros chefes se levantam e o peregrino tira a medalha do pescoço e apresenta. Um grito de espanto e alegria saiu de todos os seis chefes. Com isso eles demonstram respeito e conduzem o peregrino a sentar-se na sétima cadeira. O peregrino era o chefe Templário Inácio de Loyola.

O líder dos diz: – O sétimo chefe! Aquele que julgávamos morto! Agora os templários caminharão avante! O núcleo das suas forças revigorou-se!

Depois disso Loyala recebeu sua armadura e teve assento na reunião dos chefes.

Vejamos o principal tema dessa reunião:

– Irmãos, – disse Beaumanoir com voz potente – se os prognósticos não mentem, se as promessas dos antigos e os preceitos da experiência não são vãos, está próximo o grande dia da vitória. Meus irmãos, a Ordem dos Templários vai ressurgir.

Grande foi à alegria da assembléia! Só Inácio de Loyola é que desfranziu os lábios no sorriso de uma expressão indubitavelmente sarcástica, que não foi percebido pelos demais.

– Continuando Beaumanoir – As duas potências que oprimiam a nossa Ordem, o papado e a monarquia, estão em véspera da sua queda. Desta vez a luz veio do Norte; enquanto a Espanha indômita e a sapiente Itália viviam na opressão, um tedesco ergueu a voz e a Igreja de Roma e o trono dos reis estremeceu nos alicerces…

Irmãos, posso assegurar-vos que a queda dos ímpios está próxima, o reinado dos eleitos de Deus se aproxima-se…

A Alemanha está em chamas, o corajoso Lutero ensinou aos povos o desprezo por todas as autoridades injustas, que elas tenham na cabeça uma mitra, ou um elmo. O incêndio se alastra por toda a parte.

A Suíça, a França, a própria Itália escutam com avidez os apóstolos das novas idéias. O poder pontifício está por toda parte cercado de homens que o atacam e que hão de, com certeza, destruí-lo… Irmãos, auxiliemos a grande obra de Martinho Lutero!

Pelo chefe mais velho foi lido um programa, que tinha como objetivo combater a obra nefasta dos tiranos, de dentro e de fora da trabalhar Igreja, e trabalhar incansavelmente, por todos os meios lícitos, para a conquista absoluta da liberdade do homem e da consciência.

Nisso um irmão holandês propôs que a Ordem mudasse de nome. O irmão Beaumanoir concordou e disse: A obra que empreendemos, é uma obra de reedificação, somos os pedreiros da humanidade. Temos, pois, deliberado chamar-nos PEDREIROS LIVRES!. Estava a Ordem dos Templários transformada em Ordem Maçônica.

Muitos gritaram: Aprovado. Beaumanoir perguntou: A assembléia aprova a deliberação dos chefes?

Uma voz potente discordou e disse: Oponho-me eu! Eu. Trovejou o peregrino, Inácio de Loyola. Eu, um dos sete senhores.

O chefe mais velho indaga: Irmão Loyola, és tu que te opõe aos nossos planos de reforma?

Loyola responde: Pelo contrário, desejo uma transformação muito mais vasta e completa do que a nossa, mas quero que ela se faça com outra inteligência e segundo um plano já preparado e escrito por mim.

Beaumanoir o adverte de que ele deveria ter exposto seu plano ao Conselho dos sete. Ao que Loyoala afirma: – Tinha certeza de que haveis de fazer-me oposição, e assim resolvi dirigir-me diretamente à Assembléia.

Pois bem, de forma resumida podemos dizer que após relatar as expiações, jejuns e penúrias a que se submetera, fez a mais solene declaração, ao revelar que fora numa gruta, a seiscentos passos de Manresa, onde lhe apareceram os anjos do Senhor, que o ensinaram a maneira de guiar os homens e de conduzi-los à fé, à obediência, ao caminho do céu.

Loyola mostrou umas folhas de papel escrita com os Exercício Espirituais que os anjos lhes passaram. Eram ensinamentos e maneiras de como reduzir à submissão as almas mais rebeldes e de fazer com que elas sejam nas mãos do seu diretor espiritual como cadáver nas mãos do cirurgião.

Estas palavras resumiam em si a terrível doutrina da Companhia de Jesus (os jesuítas), que Inácio de Loyola fundou.

Houve uma grande agitação na assembléia.

O traidor Inácio de Loyola continua seu discurso: Se quisermos fundar um imenso poder oculto, devemos operar entre as nações católicas e conservar nelas aquela fé invencível, à qual basta dizer, crê e obedece, para que desapareça toda a oposição.

– Nos uniremos em volta do sólio pontifício, como os pretoriano do antigo império, e defenderemos, o poder do papa, que depois será o nosso poder, porque o chefe da Igreja será, sem dar por isso, o nosso prisioneiro.

Ensinaremos aos povos que eles devem obedecer com submissão e medo aos seus soberanos, e prestaremos aos reis este apoio, obrigando-os a governar segundo a vontade e os fins da nossa Companhia.

Por meio dos colégios dominaremos a mocidade, por meio dos confessionários dominaremos as consciências. O s penitentes, pelo rigor fanático dos dominicanos e dos franciscanos, acorrerão ao nosso tribunal de penitência, onde a moral será suave; o perdão fácil; e o juiz indulgente… Irmãos, escutai-me: por este modo, se consentirdes em transformar a nossa Ordem no sentido que vos peço, dentro de vinte anos, não é preciso mais, nós seremos os senhores do mundo.

Beaumanoir levanta-se e diz: E teus escravos, não é assim? Pois bem meus irmãos, ouvistes a proposta: a escravidão da humanidade; nós, convertidos em guardas desses escravos e todos de joelhos diante de um chefe supremo e misterioso que, no fundo de uma cela monacal, imporia as suas vontades… E é para isto que a Ordem há de levantar-se, E é para isto que nós havemos de vencer os potentados. E foi para isto que destruímos nos nossos espíritos as superstições e a ignorância.

Beaumanoir foi aplaudido. A pretensão de Loyola era intolerável. Dirigindo-se a assembléia diz:
– Irmãos! Em nome da fé que depositastes em nós, elegendo-nos para este supremo cargo, convido-vos a rejeitar as propostas de Inácio de Loyola e a proclamar aqui, nesta nossa santa assembléia, que a Ordem dos Templários se transforma na secreta dos Pedreiros Livres.

– Viva a Maçonaria, gritou o príncipe de Condé, saudando com este nome francês, tradução da denominação proposta por Burlamacchi, a origem de uma sociedade que depois havia de ter tanta influência sobre os destinos da humanidade.

Burlamacchi se dirigindo a Loyola diz: Não nos esqueçamos, irmãos, de que neste concílio todos somos livres. Ninguém é obrigado a aceitar uma mudança que não seja aprovada pelo pensar e pela sua consciência. Que repondes a isto irmão Inácio d Loyola?

Loyola responde dizendo em tom ameaçador: Que estas decisões não me dizem respeito. Fui irmão da Ordem do Templo e observei fielmente os seus estatutos. Agora, que o Templo acabou, retiro-me da instituição que lhe sucede e em face da Maçonaria, que acabais de
proclamar, declaro constituída a Companhia de Jesus.

A companhia veio a ser a maior inimiga da Maçonaria dentro da Igreja católica.   

Fonte: Carlos Lima, pesquisa

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