Em uma quadra de esportes, no bairro de Fazenda Grande, uma competição de valsa muda a realidade de dançarinos de diversos bairros de Salvador. Os participantes integram um projeto social desenvolvido pela Federação Baiana de Valsa, que tem o intuito de explorar as potencialidades de moradores de diversos bairros da capital baiana, além de ofertar uma nova perspectiva de vida por meio da dança.
Debaixo de sol, doze grupos participam da competição que ocorre por meio de cinco eventos eliminatórios que ocorrem durante todo o ano. Em dezembro, os melhores grupos vão ser premiados em quatro categorias. Eles dançam valsa clássica e moderna com exuberantes figurinos.
“Se não fosse a valsa, eu poderia estar em outros mundos, errados na verdade, porque o meio que eu andava não era um meio muito bom. Hoje eu vejo as pessoas que eu andava como é que estão”, relata o estudante Raylan Castro.
Para o presidente da Federação de Valsa, Gislan Almeida, o projeto consegue tirar muitos jovens da criminalidade. “Nós fazemos um trabalho social onde não ganhamos nada em troca [financeiramente], mas é gratificante o trabalho que a gente vem desenvolvendo com esses jovens, tirando da marginalidade de verdade mesmo”, conta.
No domingo (25), uma das eliminatórias do concurso foi realizada. Thales Rafael e Catiane ganharam na categoria casal de príncipe e princesa. “A gente já ganhou junto três vezes e é muito gratificante e importante que muitos jovens adentrem o mundo da valsa, que é um mundo muito incrível”, comemora o estudante Thales Rafael.
O campeonato atrai moradores de diversos bairros da cidade. Uma torcida que vibra junto com os competidores. “Dá uma força. Querendo ou não, a gente precisa dessa torcida, dessa energia positiva para passar para eles, para fazer uma apresentação legal”, disse o professor Luciano Muniz.
G1 BA, com informações da TV Bahia
