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A Besta está solta e a crise econômica se alastra no país/ Por Sérgio Jones*

Como já era previsível os primeiros passos adotados pela administração do governo Jair Bolsonaro, considerado como a Besta, já estava escrito nas estrelas.

Os resultados mais do que previstos são catastróficos e já registram um dos mais perversos índices de desempregados, ao longo da história brasileira.

Como já é do conhecimento de todos, os índices são alarmantes e atingem um patamar histórico de mais de 13 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho, sem levar em consideração os desalentados, aqueles que perderam o estimulo de buscar se inserir no mercado de trabalho.

Enquanto mais de 28 milhões de pessoas, aptas ao trabalho, se encontram na informalidade.

Outro segmento fortemente prejudicado, nesta dança macabra, é a classe empresarial, suas expectativas em torno de um reaquecimento da economia ao que parece vai entrar em estado de hibernação, já que o inverno promete ser longo e rigoroso.

Pesquisas apontam que o otimismo do empresariado nacional despencou de 66 pontos, registrados em fevereiro, para 47 pontos em junho. A escala do indicador varia -100 a 100 pontos.

O tsunami financeiro é generalizado e os seus tentáculos alcançam tanto a indústria como o setor de serviços. O resultado se traduz no encolhimento de 23 pontos do setor industrial, e no somatório de quatro meses, já alcançou 59 pontos. No mesmo período, o setor de serviços reduziu suas perspectivas de 62 para 43 pontos.

Levantamento feitos no setor apontam previsões de que a produção e a rentabilidade alcançaram os níveis mais baixos desde o período anterior às últimas eleições presidenciais.

As razões residem no em torno da retomada do crescimento e pelas turbulências políticas e econômicas adotados pela deplorável Besta que rege o destino da nação brasileira. Como resultado direto, as empresas estão segurando investimentos, além de estarem contratando menos.

No tocante ao setor manufatureiro a situação não é confortável se levarmos em consideração de que a diferença entre o percentual de empresas que pretende contratar e demitir chegou a 41 pontos em junho, o menor índice em 12 meses.

Enquanto no setor de serviços, o índice de admissões foi de 17 pontos, considerado o pior resultado desde o indicador de junho de 2016. Situação semelhante foi registrada junto aos investimentos em bens de capital, que nos dois setores encolheu de 34 para 17 pontos, no pior resultado nos últimos dois anos.

A continuar neste ritmo, pouco ou nada vai restar, a desconstrução do aparelho de Estado e dá economia brasileira serão transformadas, literalmente em pó.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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