O pensador mexicano Antônio Caso dizia: “liberdade é pensamento. Pensamento é liberdade. Na essência do pensar está a autonomia.”
Partindo dessa última definição de que na essência do pensar está a autonomia, na Maçonaria o ato de pensar está diretamente ligado ao postulado da Liberdade.
Liberdade para desenvolver seus conceitos a partir dos ensinamentos recebidos, porque somos livres e autônomos para falar e assumir posições, sem afastar-nos da filosofia maçônica e de seus princípios.
Filosoficamente, a Maçonaria mostra ao homem-maçom que ele tem um compromisso consigo mesmo, com o seu pensar, o que fazer de sua própria existência.
Não o que aqueles que se afastam dos verdadeiros princípios Maçônico podem fazer de sua vida.
Mesmo porque, grupos não fazem parte da unidade e dessa filosofia.
Pois, quando o homem prescinde de si mesmo, de seus deveres, quando o homem abre mão da sua liberdade, da quantificação do seu Eu, quando o homem esquece de si próprio, está a negar-se como Ser e destruindo a Liberté, Egalité, Fraternité (Liberdade, igualdade, fraternidade.
Como a intenção desta prancha não é a de aprofundar a busca filosófica da arte real, vamos ao objetivo do pensar e o conhecer-se na Maçonaria, especialmente ao Primeiro Grau.
O Primeiro Grau se estereotipa no “conhece-te a ti mesmo”, divisa escolhida por Sócrates.
O grande pensador ensina ao maçom-aprendiz que a primeira coisa a fazer é aprender a pensar e não deixar que os outros pensem por você.
Aprendendo a pensar aprende-se a conhecer, a discernir, a falar.
Aprendendo a pensar encontraremos, sem dúvida, meios e modos que facilitam à busca, a procura, a investigação, o ponto de chegada.
Assim, nesse vai-e-vem do pensar, nesse vai-e-vem da busca, o Aprendiz, introspectivamente, passará a conhecer-se melhor.
Conhecer é descobrir o Ser.
Assim para o aprendiz, o descobrimento do Ser é o auto conhecimento e deve levá-lo à introspeção, à análise da sua forma de vida antes e depois da iniciação.
Estabelecendo a partir de então os limites entre o profano e o iniciado, corrigindo as eventuais falhas de construção de seu edifício, passando a pensar e agir dentro dos limites estabelecidos, que pode significar simbolicamente o nascimento do novo Ser, do autentico Maçom.
O Maçom estará pronto para a busca dos conhecimentos da Ordem a partir do auto conhecimento e da “morte”. Do temo irmãos,
E dos resquícios contrários à filosofia maçônica inerentes ao profano.
“Conhece-te a ti mesmo” nos leva à conclusão de que se não praticarmos o conhecimento de nós mesmos, se não nos propusermos a esmiuçar o nosso espírito com o objetivo de melhorá-lo, com a intenção de aperfeiçoar nosso intelecto, não projetaremos em nós uma melhoria moral, não conseguiremos desbastar a Pedra Bruta.
Esse conhecimento não significa decorar os rituais ou saber a história da Maçonaria. É como ser médico, não é simplesmente ser diplomado.
No Primeiro Grau é onde utilizamos com maior propriedade os sentidos da visão e da audição. O primeiro grau
O primeiro grau não significa mais um…
Com ele desenvolvemos o Pensar, estabelecemos relações e comparações que formarão os alicerces da Maçonaria e do desenvolvimento e ajudarão nos passos seguintes da caminhada.
Lembrando que iniciamos na Ordem pela coluna do Sul, no primeiro grau, e cada um tem seu momento de despertar, porque não existe prazo determinado para o seguimento da jornada.
O que deve acontecer é a maturação do iniciado, uma etapa de cada vez, um degrau após o outro, e mesmo assim sem jamais deixar de ser Aprendiz, sem jamais deixar de utilizar os sentidos da visão e da audição com sabedoria.
Cada degrau da escada de Jacob inexiste sozinho, ele sempre será o resultado do somatório do conhecimento adquirido nos degraus anteriores.
Pratique o Pensar para conhecer-se, para então buscar o diferencial, a formatação do novo Eu através do conhecimento, para a transformação, para o renascimento, para a prática da verdadeira maçonaria.
Quando isso não acontece nos deparamos com as defecções e as divisões.
A intenção desta prancha é a de incentivar os irmãos para o Pensar, o conhecer-se, que é na minha opinião a primeira grande instrução do futuro Maçom.
Ir.’. Gilson Alves MM e inserções do Ir.’. Carlos Lima MM