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Astrônomos descobre jovem gigante cósmico

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Os astrônomos descobriram um “gigante cósmico”, uma coleção de galáxias com uma massa quatrilhão de vezes a do sol e constituído “apenas” 2,3 bilhões de anos após o Big Bang, graças ao telescópio europeu do Chile.

“Foi uma verdadeira surpresa descobrir a existência de uma tal estrutura tão evoluída dentro de um Universo relativamente jovem”, declarou Olga Cucciati, do Instituto Nacional de Astrofísica de Bologna (Itália), que lidera a equipe responsável pela descoberta.

Seria a estrutura mais vasta e massiva já descoberta no Universo primitivo. A massa deste superaglomerado é “estimada em mais de um quatrilhão de vezes a do Sol.

Esta massa colossal é semelhante a das estruturas mais vastas do Universo contemporâneo”, de acordo com o Observatório Europeu do Austral (ESO).

Batizado Hiperión, este gigante cósmico foi descoberto na constelação Sextante, perto do equador celeste graças ao Extremely Large Telescope da ESO instalado em Atacama, no Chile.

Embora suas dimensões sejam comparáveis às dos superaglomerados atuais, sua estrutura é muito diferente.

Segundo os pesquisadores, Hiperión é dotado de uma estrutura complexa, composta por pelo menos sete regiões de alta densidade ligadas entre elas por filamentos de galáxias.

Em contrapartida, “os superaglomerados localizados muito perto da Terra (e, portanto, mais velhos) são caracterizados por uma distribuição de massa mais concentrada e uma arquitetura mais estruturada”, explicou Brian Lemaux, astrônomo da Universidade da Califórnia.

Uma diferença que pode ser explicada pelos efeitos prolongados da gravidade: ao contrário do Hiperión, superaglomerados observados no Universo próximo, de mais de 13 bilhões de anos após o Big Bang, levaram vários milhões de anos para condensar sua matéria.

De acordo com os astrônomos, as dimensões do Hiperión em um Universo tão novo apontam que vai evoluir de maneira semelhante.

JB

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