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Baixo nível cultural dos legisladores feirenses dificulta entendimento da atual complexidade social do Brasil /Por Sérgio Jones*

Analfabeto funcional

Enquanto a Câmara dos Vereadores de São Paulo se mobiliza junto à população no combate ao covid-19, a exemplo da aprovação na noite de ontem (27), em votação definitiva, Projeto de Lei (PL) 180 de 2020, de autoria da prefeitura de São Paulo, que autoriza a destinação de recursos, não comprometidos, de fundos municipais para ações de combate ao coronavírus. Entre outras medidas de fundamental importância social.

Os legisladores de Feira de Santana, se não todos, mas grande parte deles estão com os olhos voltados para o próprio umbigo. Prova inquestionável é quanto a atuação de suas excelências flagradas em atos, digamos pouco ortodoxos. A exemplo recente do envolvimento de um “nobre” vereador em escândalo financeiro por ter se beneficiado, por quase sete longos anos, recebendo cesta básica. Tirando pouco de quem muito necessita.

O mais crível é que até o presente momento não rendeu qualquer tipo de punição ao vereador infrator, que continua no exercício do cargo, todo serelepe.

Outras irregularidades graves continuam acontecendo a exemplo de apresentação de gastos Pela Câmara, em torno de quase um milhão de reais em compras com detergentes, isso aconteceu antes da explosão da pandemia; posse dos edis de cartões alimentação que deveriam ser destinados aos assessores, entre outras aberrações de cunho financeiro que ofende e macula essa instituição, que deveria zelar pelo patrimônio do povo e os seus interesses.

Detalhes como esses são o que nos diferencia dos demais. Enquanto em outras localidades da federação políticos se articulam para minimizar os efeitos catastróficos gerados pela pandemia Covid-19. Por aqui, na terrinha de Lucas, as suas excelências estão se utilizando do princípio: “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Até o presente momento o povo desconhece qualquer tipo de mobilização ou engajamento do legislativo feirense no sentido de mitigar ações provocadas pela pandemia, que tantas agruras sofrimento vem causando ao povo feirense. Os edis se recolheram em um mutismo monástico, enquanto recebem os gordos salários de forma totalmente graciosa.

O comportamento execrável demonstrado pelos legisladores feirenses é deplorável e merece o repúdio de todos, sem exceção. Há quem atribuía que o baixo nível e desempenho dos vereadores ocorrem devido à falta de caráter associado com o reduzido, ou quase inexistente nível de escolaridade, entre eles. O que tem dificultado o entendimento dos mesmos, no tocante a complexidade social que envolve a todos nós brasileiros.

Talvez fosse o momento de se viajar no túnel do tempo e evocar a Lei Saraiva 3.029 de 09 de janeiro de 1881, que pregava a incapacidade eleitoral dos analfabetos, o direito de votar e ser votado. Enquanto se espera que os senhores dirigentes da nação resolvam dar um basta a esta triste situação, combatendo o analfabetismo, que tanto assola e humilha o cidadão brasileiro.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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