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Brasil: faroeste caboclo/ Por Sérgio Jones

A posse é de quatro armas por pessoa

O que muitos ignoram, ou não quer ver, é que a liberação de armas não traz benefício algum para o cidadão brasileiro, em especial para aqueles de baixa renda.

Com esta atitude, adotada por parte do governo, o que ocorre é uma transferência de responsabilidades do mesmo, que recolhe impostos para que estes retornem em forma de benefício do povo, em áreas como educação, saúde, segurança e tantas outras.

Outro não menos importante aspecto a ser considerado é que a liberação de armas conta com considerável rejeição, pela imensa maioria da população – mais de 60% do total.

O insano presidente Jair Bolsonaro, e toda a sua equipe composta de elementos com formação mental degenerada, querem transformar, de forma nostálgica e criminosa, o Brasil no velho oeste americano.

Período ocorrido no século XIX (1860-1890). Quando se deu a expansão da fronteira dos Estados Unidos em direção a costa do oceano pacífico.

Importante observar que este evento, histórico, origem de um mito nacional, tem sido recriado por diversas manifestações. No Brasil por este arremedo de presidente mercenário e de extrema direita, Jair Bolsonaro e seus próceres.

De acordo com opiniões de diversos especialistas na área, esta é uma decisão arriscada em que o governo deixa de cumprir a sua obrigação, que é do Estado garantir a segurança pública.

A liberação da venda de armas potencializa a facilitação do porte de armas em mãos de pessoas totalmente despreparadas, tanto no aspecto prático de seu manuseio como de caráter psicológico.

Só para que se possa ter uma ideia do tamanho da tragédia que tal decisão acarretará, basta lembrar que a taxa de homicídios em países como o Brasil e os Estado Unidos. Ambos são campeões de violência, com a diferença de que no Brasil a posse de armas de fogo encontra maiores dificuldades do que lá.

Calcula-se que nos Estados Unidos há 90 armas em cada grupo de 100 moradores; no Brasil são 8,8 armas para cada 100 brasileiros. Mesmo assim, no Brasil o número de assassinatos por armas de fogo é 10 vezes maior do que lá e chegou, no ano passado, a 62.500 mortos – maior do que em países onde há guerra civil aberta. O que as estatísticas demonstram é que quanto mais armas, mais violência.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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