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Eleições brasileiras se tornaram mais fáceis para a velha elite política/ Por Sérgio Jones*

Poder carcomido

A velha e boa farra com os recursos públicos continua sendo extremamente útil a depredação praticada pelo modelo político/econômico implantado pelos ‘dirigentes’ desta tão infelicitada nação brasileira.

Conforme denúncias feitas por alguns setores da imprensa, menos comprometido com o establishments, dão conta de que alguns políticos há meses percorrem o Brasil de comício em comício, esquentando as turbinas dos motores para o dia 16, data do início da campanha às eleições gerais.

Os candidatos que pleiteiam os muitos e diversos cargos já montaram as suas “bancas de apostas” para atenderem aos seus discutíveis interesses, sendo o carro-chefe a vaga ao cargo de presidente da República.

Impressionante como eles, candidatos, já se tornaram verdadeiros andarilhos que correm atrás dos votos em todo o território nacional.

O execrável e reacionário sabidamente fascista Jair Bolsonaro, radical de direita que lidera as pesquisas de intenção de voto à presidência, tem se utilizado de aviões comerciais da mesma forma que a próxima da lista, a evangélica Marina Silva, que além disso tenta voltar no mesmo dia para economizar em hotéis.

Caso precise pernoitar, o faz na casa de algum simpatizante, prática que foi batizada pela revista Piauí de Airbnb da Marina.

O protótipo de político modelo pó de arroz João Doria, milionário que faz campanha, para governador do Estado de e São Paulo, a bordo de seu jatinho privado avaliado em 30 milhões de dólares (111 milhões de reais),Também investe nos custos da elaboração de faixas e cartazes com mensagens de “Bem-vindo João”. O mais patético é que todo este show de horrores acontece em país não africano com a maior desigualdade salarial do mundo.

Todas estas distorções se devem a lei aprovada em 2015 que proíbe as empresas realizarem doações durante o período das campanhas eleitorais.

Sem principal forma de financiamento eleitoral, os candidatos devem se limitar agora ao fundo de dinheiro público que o Congresso divide proporcionalmente ao número de deputados de cada partido.

O total dos recursos disponíveis para a prática desta esbórnia “ democrática” tem um custo pouco mais de 2 bilhões de reais a ser divididos entre os 35 partidos que participarão das eleições.

Em fevereiro, o Tribunal Eleitoral aprovou in extremis uma possível solução: que cada candidato possa pagar a campanha do seu próprio bolso.

De repente, as eleições se tornaram mais fáceis aos ricos. A desconfiança política e suas constantes distorções gera um profundo impacto negativo na qualidade da tão decantada democracia burguesa.

Gerando a famosa democracia relativa que atende aos interesses de poucos e semeia a miséria de muitos.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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