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Militar é único a engajar-se contra violência, diz general Villas Bôas

General de Exército Villas Boas

O general do Exército Eduardo Villas Bôas afirmou nesta 5ª feira (24.ago.2018) que falta empenho de outros setores do governo para conter a violência no país.

Ao mencionar intervenções das Forças Armadas no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, Villas Bôas falou que a classe militar é a única a “engajar-se na missão”.

“Passados 6 meses, apesar do trabalho intenso de seus responsáveis, da aprovação do povo e de estatísticas que demonstram a diminuição dos níveis de criminalidade, o componente militar é, aparentemente, o único a engajar-se na missão”, dizia o discurso, lido por um orador durante entrega de medalhas no Quartel General do Exército em Brasília e comemoração do Dia do Soldado.

O general falou sobre a frequência de operações em que são empregadas as Forças Armadas.

Citou a participação de soldados em Roraima, na solução de crises da crise de abastecimento e mencionou a morte de 3 militares nesta semana durante operações no Rio de Janeiro.

“Para superar tantos desafios, tornou-se frequente o emprego das Forcas Armadas em missões variadas, como das de garantia da Lei e da Ordem”, afirmou.

O discurso dizia que os militares admitem a necessidade de mudanças nas leis, mas que, mesmo assim, têm agido com “naturalidade”.

“Apesar de admitirmos que as leis vigentes devam ser modificadas com urgência, continuamos a proceder com naturalidade em face à barbárie de perder mais de 63 mil vidas por ano”.

Villas Bôas afirmou ainda que o país “não consegue vislumbrar um projeto para o seu futuro”.

As declarações de Villas Bôas têm ganhado relevância diante do cenário eleitoral indefinido e num momento em que o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, aparece como um dos favoritos na disputa ao Planalto. Bolsonaro é um militar e defensor das Forças Armadas.(…)

MICHEL TEMER

O presidente Michel Temer também participou de cerimônia.

O emedebista passou boa parte do tempo conversando do ministro da Defesa, general Silva e Luna.

Ao lado, várias cadeiras vazias. Em um momento, até o ministro deixou o presidente para cumprimentar um colega.

Sem tentar a reeleição, o presidente vai com certa frequência a eventos em Brasília e outras cidades, incluindo eventos militares.

NAOMI MATSUI

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