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NASA rebatiza Ultima Thule após controvérsia sobre nome com conotação nazista

NASA rebatiza Ultima Thule após controvérsia sobre nome com conotação nazista. Foto: © NASA . NASA

O objeto mais distante já sobrevoado por uma sonda no Sistema Solar, conhecido como Ultima Thule, foi renomeado depois de uma controvérsia desencadeada pelo seu nome.

O objeto celeste, também identificado como 2014 MU69, foi oficialmente renomeado pela NASA de Arrokoth, que significa “céu” no idioma nativo americano algonquiano da tribo powhatan.

O anúncio foi feito na terça-feira (12) em Washington, EUA, para acabar de vez com a polêmica causada pela velha denominação, que estaria ligada à ideologia nazista.

Anteriormente, Ultima Thule foi questionada por se associar ao nome da Sociedade Thule, a organização que patrocinou o partido de Adolf Hitler e que exigia que os seus membros jurassem que não tinham sangue judeu ou negro.

Rocha gelada

Contudo, Ultima Thule, que está localizado a quase 6 bilhões de quilômetros de distância da Terra, foi um termo usado na Idade Média e na Antiguidade Romana para designar qualquer lugar distante além das fronteiras do mundo conhecido.

“O nome ‘Arrokoth’ reflete a inspiração de olhar para o céu e questionar sobre as estrelas e mundos mais além do nosso”, disse Alan Stern, pesquisador principal da New Horizons no Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder (EUA).

Dados da sonda New Horizons mostraram em maio que o objeto é um binário de contato de 36 quilômetros de comprimento, consistindo de dois lóbulos de formas diferentes e incomuns.

“Os dados do novo Arrokoth nos deram pistas sobre a formação de planetas e nossas origens cósmicas”, afirmou Marc Buie, um dos descobridores dessa rocha gelada.

Imagens da NASA mostram o corpo celeste Ultima Thule, localizado a cerca de 1,6 bilhão de quilômetros de Plutão.
Imagens da NASA mostram o corpo celeste Ultima Thule, localizado a cerca de 1,6 bilhão de quilômetros de Plutão. Foto: © AP PHOTO / NASA
“Acreditamos que este antigo corpo, composto por dois lóbulos distintos que se fundiram em uma única entidade, pode abrigar respostas que contribuam para a nossa compreensão da origem da vida na Terra”, complementou Buie.
Sputnik

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