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Papa Francisco canonizará Paulo VI em outubro

Papa Francisco canonizará Paulo VI em outubro, no Vaticano

O papa Francisco canonizará no Vaticano, no próximo dia 14 de outubro, o papa Paulo VI e o arcebispo de San Salvador, Óscar Arnulfo Romero, assassinado em 1980 enquanto celebrava uma missa, anunciou neste sábado, durante o consistório ordinário.

Ao lado de Paulo VI e monsenhor Romero, serão canonizados os sacerdotes italianos Francesco Spinelli e Vincenzo Romano, a religiosa alemã Maria Katharina Kasper e a espanhola Nazaria Ignacia March Mesa.

Sua canonização vai acontecer durante o Sínodo dos Bispos, a assembleia de prelados de todo o mundo ao Vaticano e que este ano abordará questões relacionadas à juventude de 3 a 28 de outubro.

Paulo VI, de nome Giovanni Battista Montini e cujo papado transcorreu entre 1963 a 1978, é recordado entre outras coisas por levar a termo e defender a influência do Concílio Vaticano II, iniciado pelo seu antecessor, o já santo João XXIII, em 1962.

Francisco proclamou o papa Paulo VI em beato, no mês de outubro de 2014 e na cerimônia destacou “sua visão de futuro”.

Paulo VI será o terceiro papa canonizado por Francisco, depois de são João XXIII e são João Paulo II, e em novembro passado abriu o processo para beatificar a João Paulo I, cujo ministério durou apenas 33 dias em 1978.

Montini foi o primeiro papa viajante, e portanto o primeiro a visitar Terra Santa, e esteve nos cinco continentes.

Ele sofreu um atentado em 1970, quando um pintor boliviano o feriu com duas punhaladas, em sua chegada ao aeroporto de Manila, nas Filipinas. Além disso, é considerado o papa do diálogo e da reconciliação entre as diferentes igrejas.

Por sua parte, “São Romero da América”, como os salvadorenhos o conhecem, foi assassinado no dia 24 de março de 1980 por um esquadrão da morte enquanto celebrava uma missa na capela do hospital de câncer Divino Providência, de San Salvador, nos dias anteriores ao início do conflito armado no país da América do Norte.

Em suas mensagens, Romero denunciou todas as injustiças da época e defendeu os pobres e mais vulneráveis, o que eventualmente lhe custou a vida.

O processo de canonização deste monsenhor, símbolo de uma igreja centrada nos pobres da América Latina, durou 24 anos, sendo acelerado nos últimos tempos após a escolha de Francisco, o primeiro papa latino-americano da história.

Ele foi beatificado em maio de 2016, após a aprovação de sua condição de “mártir”, que também encontrou a maioria das objeções durante este processo, pois para um setormais conservador da Igreja significava levar aos altares à Teologia da Libertação, uma corrente eclesial latino-americana de supostas idéias marxistas.

 

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