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PERMANECE O CAOS NO TRANSPORTE COLETIVO EM FEIRA DE SANTANA

Motoristas e cobradores em greve - foto arquivo

Recordar é preciso, não é necessário detalhar.

A realidade comprova de forma inequívoca que as mudanças no sistema de transporte de massa em Feira de Santana foram incompletas e meteóricas.

Inicialmente apenas um quesito foi atendido, à contratação de duas novas empresas com uma frota de ônibus novos e a quantidade de veículos que atendiam completamente a demanda.

Essa realidade foi de curta duração.

Problemas diversos nas referidas empresas fizeram com que vários ônibus sofressem pela justiça a determinação de arresto e outros para não serem resgatados foram deslocados na calada da noite para outras localidades.

Esses veículos nunca retornaram ou foram repostos.

O resultado é uma frota menor do que a contratada e inferior ao exigido pelo índice populacional do município.

Todos esses problemas resultaram no sucateamento de parte da frota.

Os meios detonaram a finalidade de atender o deslocamento da população de um ponto a outro da cidade. Outro agravante é no tocante aos horários que não são cumpridos.

A crise maior é sentida por moradores que residem em bairros situados distantes do centro urbano.

Alegam em favor deles, os empresários, que o numero de passageiros transportados não batem com o que consta nas planilhas do contrato.

Enquanto durar essa justificativa para o péssimo serviço prestado à coletividade, o não cumprimento do que foi acordado por ambas as partes, o povo ficará a mercê dessa incúria administrativa entre o poder público e os empresários do ramo.

Ao longo dos sucessivos governos no município, o povo não vivenciou o que  aconteceu recentemente, quando duas empresas de forma unilateral romperam o contrato com a Prefeitura deixando o povo por um longo período sem transporte público, sendo necessário que uma empresa trouxesse em caráter de emergência vários ônibus, de péssima qualidade, para suprir temporariamente o serviço de transporte de massa da cidade.

Pelo que se observa as feridas no setor permanecem. O numero de coletivos disponíveis atualmente são insuficientes e a qualidade dos serviços deixa a desejar.

A redentora desse caos instalado no setor de transporte coletivo seria a implantação do BRT, iniciado em março de 2013.

De lá para cá já foram investidos quase 100 milhões de reais e o projeto continua inconcluso até a data de hoje. Sem perspectiva de uma resposta final.

Inclusive o Secretário de Planejamento, Carlos Brito, desistiu de fazer qualquer prognóstico de data para inauguração da obra e início do sistema, já obsoleto.

Diante dessas irresponsabilidades administrativas o povo é a vítima maior.

O picadeiro do governo é  a cidade e o povo o palhaço.

Carlos Lima

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