Dentre as constantes e variadas leituras a que me submeto, diariamente, me defrontei com um artigo de autoria do teólogo espanhol. José Maria Castillo, muito significativo, e que põe em cheque a perversão moral dos mais ricos e seus colaboradores.
Mas, reconhece ele, o que se pode contestar e o que está em jogo é a perversão do sistema. “Não buscar um melhoramento no mesmo é desejar que cresça a desigualdade, o sofrimento e a devastação do planeta”, garante.
Nunca houve no mundo tantos tiranos, nem ditadores, dotados com um poder semelhante e de cuja conduta resulte em consequências tão mundialmente destrutivas e causadoras de tanta devastação. Conforme se tornou conhecido em todo o mundo o relatório da Oxfam que leva como título “Uma economia a serviço de 1%”.
Traduzindo para um português mais palatável significa dizer que a economia mundial está sendo gerida por uma reduzida minoria que transforma o sistema econômico, político e jurídico mais violento e corrupto que a história já conheceu.
Tendo como agravante as articulações engendradas pelos poderosos, que tem como objetivo promover a reduzir, pela metade, a população mundial. Transformado o ato e direcionando para uma prática de genocídio, nunca antes imaginável.
O que fica evidenciado é que se persistir este modelo canalha onde prevalece às contradições do sistema dominante, não há salvação. No caso específico dos religiosos por mais que preguem o contrário ou publiquem documentos de protesto ou denúncia.
Alerta o autor, “se não entrarem em contradição direta com este sistema devastador, inevitavelmente, todos nós nos tornaremos cúmplices de suas consequências nefastas que têm gerado tanta destruição e morte”.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)