Vamos começar afirmando que o seu Natal não signifique apenas uma data no seu calendário de vida. Que ele se torne um estado de espírito a lhe orientar permanentemente!
Que a manjedoura onde Cristo nasceu se torne o seu ninho.
Que a estrela da anunciação desperte o seu coração para a generosidade e compaixão.
Que o sofrimento do criador o desperte para o acolhimento dos seus semelhantes que são pobres, humildes, abandonados e escravizados pelos poderosos.
Sinta essa dor que traspassa, fere e sufoca a humanidade.
Nunca esqueças que nem todos tiveram o privilégio de recordar canções maternas que embalaram o vosso sono; nem todos podem dizer do carinho e do afago recebido do pai, ou mesmo dos professores que abriram as portas do mundo.
Se sentes a dor de não ter vivido esses momentos, deixe as lágrimas rolarem, faça a descompressão que está esmagando o teu coração.
Ele é a sua verdadeira vida o seu verdadeiro ‘Eu’.
Ele é que te diz para pedir perdão e perdoar os pedidos. E só através dele podereis iluminar o vosso caminho e derramar luz para os que estão nas trevas.
Sorri mais uma vez e mais uma vez… de novo e de novo… para aqueles que te ofenderam.
Conforta aqueles que estão doentes.
Alimenta aqueles que estão sozinhos, famintos e vivem sob as ruínas de pontes abandonadas.
Agasalha os pequeninos nas noites frias e luta por eles, estende o manto da solidariedade aos que esperam a morte, sem o afeto familiar.
Não tenhas essa atitude apenas nesse natal, procedas assim durante todos os dias de tua vida.
Os ensinamentos de Jesus Cristo não foram recomendados para uma única prática anual.
Eles têm que ser vividos diuturnamente.
Não acredite que vamos apreender fazendo um pouco a cada ano, essa é desculpa para quem não é; para quem não quer ser, e para quem nunca foi.
Carlos Lima
