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Uma rusga injustificável na Maçonaria por Carlos Lima

Carlos Lima

Nos relacionamentos de convivência entre potências maçônicas, uma situação não se justifica.

Qual seria essa situação?

Para responder sobre os motivos que terminam alimentando essas divergências momentâneas, primeiro devemos resgatar três grandes princípios maçônicos: Igualdade; Liberdade e Fraternidade.

Depois registrarmos três vitais ações, o combate às vaidades; a superação dos vícios e o sentimento de tolerância.

Em seguida assumir na prática de forma verdadeira o amor entre os irmãos; a Solidariedade e a Irmandade.

E finalmente, preservar inquestionavelmente a Harmonia.

Todos esses, vamos dizer mandamentos, formam a base das colunas que assumimos de livre e espontânea vontade, quando fizemos nosso juramento durante o rito de iniciação.

Se o Maçom tem por finalidade trabalhar o seu “EU”, e lapidar o caráter para participar como percursor no aperfeiçoamento da humanidade tornando-a mais sábia e feliz, não se justifica que suas obediências (Potências) se comportem como adversárias.

Seria o mesmo que se negar, ou até mesmo, desprezar a sabedoria Salomônica.

O que seria mais profano?

O mundo externo à Maçonaria ou o afastamento entre si, das obediências que defendem os mesmos princípios e as mesmas práticas?

Como negar as visitações entre as obediências se somos todos irmãos?

As Potências são independentes entre si e são únicas diante dos princípios Maçônicos.

Conheçamos dois conceitos sobre Irmãos que honram o comportamento do ser humano.

“Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux, tinham uma tradição que era a seguinte: todo menino nascido na tribo, durante os primeiros meses era amamentado por todas as mulheres da tribo, dessa forma esse menino ao tornar-se um guerreiro, considerava todas as mulheres da tribo como suas mães e todos os velhos como seus avós, destarte todos os outros guerreiros eram seus irmãos e estando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da vida de seus irmãos, sendo esse um sentimento tão forte que jamais um irmão seria abandonado no campo de batalha, se tivessem que morrer morriam juntos, irmãos na vida e na morte.”

“Na Maçonaria temos o costume de tratar-nos como irmãos, demonstrando dessa forma o caráter fraternal de nossa organização”.

“Quando um profano recebe a luz em um templo, durante o ritual de iniciação, a primeira coisa que ele vê são seus irmãos armados com espadas, jurando protege-lo sempre que for preciso.”

“A partir desse momento todos que a ele se referem o tratam por irmão, os filhos de seus irmãos passam a tratá-lo como tio e as esposas de seus irmãos passam a serem suas cunhadas.”

E assim, forma-se nesse momento um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica.

Como falar sobre Harmonia se alguns maçons forçam o distanciamento destes elos.

Como falar em irmandade e lealdade se alguns maçons alimentam disputas de poder e rusgas de domínio. Será que as sementes da romã nascem, crescem, demonstram seu poder e esplendor separadamente, ou permanecem unidas até a morte?

O poder Maçônico não é individual é coletivo. O poder profano é representado pelo poder financeiro, econômico, político, jurídico e social.

Quanto maior for à unidade entre os maçons, maior será a alavanca da irmandade.

Devemos ser várias potências e um só diante do Grande Arquiteto do Universo. Somos livres, justos e de bons costumes, praticamos diversos ritos, com um só nome, Maçonaria. Temos a liberdade correndo em nossas veias, e poucos ainda não conseguiram enxergar que todos nós somos Maçons.

Carlos Antônio de Lima – MIC 914 – ARLS ESTRELA DA PAZ – GOBA/COMAB

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