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Bolsonaro e Guedes provoca saída recorde de dólares do Brasil

Um ano de governo e a maior fuga de dólares no país

O fluxo cambial em outubro ficou negativo em US$ 8,49 bilhões, elevando o déficit no ano a US$ 21,46 bilhões.

O número já é maior que os US$ 16,18 bilhões registrados em 1999, até então o pior ano da série histórica do Banco Central, iniciada em 1982.

Os dados publicados pelo jornal Valor Econômico refletem a incapacidade de Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes (Economia) de atrair investidores em quase um ano de governo.

Alguns fatores explicam o fracasso do Brasil no fluxo cambial, como queda das receitas com exportações. O resultado também foi atingido pelos juros baixos e pelas incertezas na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Outro detalh é que as empresas aproveitaram a queda do juro e o crescimento do mercado doméstico de debêntures para captar recursos e pagar compromissos no exterior.

Exportadores optaram, ainda, por manter parte de suas receitas fora do País com o objetivo de pagar suas operações e amortizações ou antecipar o pagamento de dívidas em moeda estrangeira.

Foi o caso, por exemplo, da Petrobrás, que responde por grande parte da dívida corporativa brasileira no exterior. De acordo com dados fornecidos pela estatal, foram gastos US$ 14,72 bilhões entre pré-pagamentos, recompras de bonds e amortizações no exterior.

As estatísticas demonstram, que apesar de Bolsonaro e Guedes, adotarem o entreguismo como um dos princípios para guiarem o Brasil, os dois ainda são incapazes de atrair investidores.

Sem mercado consumidor aquecido, com empregos precários e corte de direitos trabalhistas, e uma economia estagnada, a confiança de retorno de investimentos não alavanca.

Leonardo Attuch

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