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Dólar cai 3% ante real e pode ter pior começo de fevereiro em 17 anos

Dolar cai início de fevereiro

O dólar reduziu a alta sobre o real nesta quinta-feira (17), após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidir manter a taxa de juros perto de zero, apontando para as preocupações com a fraqueza da economia global.

Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 3,90 diante expectativa de um aumento imediato dos juros nos Estados Unidos.

Um aumento dos juros por lá poderia, em tese, atrair para aquele paíss parte dos recursos aplicados em mercados como o Brasil, amplificando o efeito das incertezas locais.

Às 15h54, a moeda norte-americana subia 0,09%, cotada a R$ 3,8374. Veja a cotação.

 Veja a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, subia 0,7%, a R$ 3,8612
Às 9h59, subia 1,22%, a R$ 3,881
Às 10h19, subia 1,58%, a R$ 3,894
Às 10h29, subia 1,85%, a R$ 3,9052
Às 10h19, subia 1,62%, a R$ 3,8962.
Às 11h09, subia 1,75%, a R$ 3,9015
Às 11h50, subia 1,34%, a R$ 3,8855
Às 12h09, subia 1,22%, a R$ 3,8811.
Às 12h49, subia 1,38%, a R$ 3,8871.
Às 13h25, subia 1,54%, a R$ 3,8930.
Às 14h19, subia 1,2%, a R$ 3,8804.
Às 14h59, subia 1,2%, a R$ 3,8802.
Às 15h09, subia 0,89%, a R$ 3,8684
Às 15h24, subia 0,71%, a R$ 3,8615.

O Fed informou que uma variedade de riscos globais e outros fatores convenceram a adiar o que seria o primeiro aumento de juros em quase uma década, mas deixou a porta aberta para uma alta ainda neste ano.

“O mercado não sabe muito bem o que fazer. Manter os juros favorece emergentes, mas o motivo por trás da decisão é negativo”, disse à Reuters o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Cenário doméstico
O dólar vinha operando em alta superior a 1% desde cedo em relação ao real, reagindo ao quadro local conturbado.

Notícia publicada no jornal Valor Econômico nesta manhã traz que o Instituto Lula e o PT estariam defendendo a flexibilização das políticas fiscal e monetária.

Isso implicaria a redução da taxa de juros “na marra” e o afrouxamento do gasto público, e somente seria viabilizado com a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Investidores avaliavam que esse cenário poderia precipitar a perda do selo de bom pagador brasileiro por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor’s, provocando fuga de capital do país.

Além disso, a crise política cada vez mais intensa fazia investidores adotarem posturas ainda mais defensivas.

Intervenções no câmbio

Pela manhã, o Banco Central deu continuidade ao seu programa de interferência no câmbio e seguiu a rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 5,414 bilhões, ou cerca de 57% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.

Na véspera, o dólar caiu 0,74%, cotado a R$ 3,8341. Na semana, a moeda acumula queda de 1,11%. No mês e no ano, há valorização de 5,71% e 44,21%, respectivamente.

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