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Economia do Brasil será fortemente impactada devido aos efeitos do Covid-19 e o aumento da pobreza/ Sérgio Jones*

ECONOMIA DESPENCA

De acordo com projeções e estudos feitos pela Organização das Nações Unidas (ONU), estes apontam que a economia de países como Brasil e Venezuela serão profundamente impactadas, em razão dos efeitos provocados pelo Covid-19 e o preocupante aumento de pobrezas registrados nesses países. Como sempre acontece, tanto nos tempos com ou sem crises, o pessoal que ocupa o andar de baixo da sociedade será mais fortemente atingido.

Projeções feitas pela entidade internacional dão conta que a contração do PIB e o elevado índices de desempregos terão um aumento substancial sobre as pessoas e famílias que, mesmo que não sejam pobres, tenham renda baixa e com pouca poupança.

Só a crise causada pela pandemia da COVID-19 afetará a região por meio de cinco vias: a diminuição nas exportações para parceiros comerciais como a China, a queda na demanda turística devido a restrições de viagens – com especial impacto no Caribe-, o freio à importação de bens utilizados no setor manufatureiro, a queda no preço das matérias-primas e os efeitos no investimento, entre eles a queda nos índices do mercado de ações.

Outros números obtidos pela organização, em 2017, destacam que quase metade da população da região (46,7%) era composta por pessoas com alto grau de vulnerabilidade para voltar à pobreza, pertencentes aos estratos mais baixo de pobres e aos estratos de renda média baixa. Ou seja, com renda mensal per capita entre 110 e 329 dólares.

Entretanto, Alicia Bárcena, secretária executiva da CEPAL, acredita ser difícil, neste momento, indicar quais os países correm maiores riscos de experimentar fortes aumentos na pobreza.

“Isso está relacionado ao grau de difusão da COVID-19, ao impacto em cada economia e ao tipo de resposta por parte dos Governos para mitigar os efeitos sobre a população e no setor produtivo”. Mas demonstra sérias preocupações com o Brasil, onde se constatou um aumento da pobreza entre 2014 e 2018.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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