Em tempos de reforma da Previdência, muitos brasileiros andam se perguntando de que forma podem garantir uma aposentadoria mais tranquila e não depender apenas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Principalmente quando levam em consideração a perspectiva de ter que trabalhar mais para conseguir o benefício.
Pensando nisso, os especialistas Reinaldo Domingos, presidente da Dsop Educação Financeira, e Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a convite do portal Uol, reuniram algumas dicas:
1) Saiba quanto ganha e quanto gasta
O primeiro passo é saber quanto ganha e quanto gasta, por meio do orçamento financeiro, para identificar quanto consegue poupar e também para cortar as despesas desnecessárias.
2) Poupe mais que 10%
Para fazer uma economia que garanta uma tranquilidade no futuro, é bom começar poupando 10% de sua renda líquida, que é o dinheiro que você recebe após os descontos. Mas não basta: é preciso se esforçar para ir além disso. Segundo Reinaldo Domingos, quanto mais velha for a pessoa, menos tempo terá para acumular sua reserva para aposentadoria.
3) Mantenha o foco e seja disciplinado
Se está poupando para a aposentadoria, é preciso manter o foco. Não pode pensar que está faltando muito tempo ainda e gastar com consumo. Se quiser comprar algo no meio do caminho, precisa fazer outra poupança para esse gasto específico, afirmam os especialistas.
4) Cautela com os riscos
O conselho de Domingos e Marcela é que o dinheiro para fazer uma reserva para o futuro seja aplicado em investimentos não muito arriscados (como ações). É melhor investir em aplicações de renda fixa que tenham mais segurança, como Tesouro Direto, fundos e CDBs de grandes bancos, sugerem ambos.
5) Avalie quanto rende a aplicação
Se você investir o dinheiro economizado numa aplicação com rendimento maior, vai ganhar mais com os juros e precisará poupar menos por mês. Um exemplo: quem pretende poupar durante 30 anos para ter uma renda de R$ 3.000 mensais no futuro precisa depositar R$ 467,69 por mês na poupança; se optasse pelo Tesouro Selic, essa mesma pessoa precisaria depositar R$ 125,41 por mês para alcançar o mesmo objetivo. Isso porque o Tesouro Selic rende mais que a poupança.
6) Cuidado com os imóveis
Investir em imóveis para garantir uma renda de aluguel pode ser uma boa alternativa para a aposentadoria, mas é preciso cuidado, afirma Domingos. Não é recomendado que a pessoa só tenha imóveis para alugar e nenhum dinheiro disponível em aplicações; se o imóvel ficar vago, o dinheiro vai faltar.
7) Considere ter uma previdência privada
A previdência privada é um investimento indicado para quem quer complementar a aposentadoria do INSS. Ela é indicada para quem quer investir no longo prazo, pois oferece vantagens tributárias para deixar o dinheiro aplicado por mais de 10 anos. É preciso estar atento para escolher entre os tipos de previdência: o PGBL é indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda; o VGBL, para quem faz o IR pelo modelo simplificado. No PGBL, os impostos incidem sobre todo o dinheiro aplicado e no VGBL, apenas sobre a rentabilidade.