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Petróleo de Carcará: o crime é ainda maior do que parecia

Estão roubando o nosso petróleo

Quando se disse que a venda do campo de Carcará, no pré-sal petrolífero da Bacia de Santos era um enorme crime contra o Brasil,  cometeu-se uma imprecisão ao dizer apenas que ele poderia ser maior, bem maior, do que a vizinha acumulação de Sapinhoá, segunda maior área de produção brasileira.

Carcará, nos cálculos que estimara seu reservatório de 1,3 bilhão de barris de óleo recuperável (passível de ser extraído), ao preço de R$ 8,5 bilhões, metade a vista e metade condicionada à absorção de áreas vizinhas, e se afirmou aqui que ele poderia ter mais do que Sapinhoá, estimado em 2,1 bilhões de barris recuperáveis.

Na CartaCapital desta semana, o geólogo Luciano Seixas Chagas, coordenador do grupo de assuntos de petróleo da Federação Brasileira de Geólogos diz que o total de reservas de Carcará pode chegar a até 6 bilhões de barris recuperáveis.

E que, pelas condições de porosidade da rocha, de ligação entre as acumulações e pela dissolução de gás no óleo (que resulta em elevada pressão e, portanto, alta vazão), em condições que barateiam e aceleram sua capacidade de produção.

Porque exige menos poços de produção e injeção, estes são mais simples, baratos e rápidos de perfurar e, depois, de interligar.

Características assim, no campo de Lula, fizeram a Petrobras baixar a previsão de poços necessários para produção plena de cerca de mil para pouco mais de 150 perfurações.

Como cada poço custa dezenas de milhões de dólares, é fácil imaginar o que isso resulta em relação custo/rendimento.

Infelizmente, este prejuízo imenso é, ainda assim, muito pequeno diante do que o país vai perder com a criminosa abolição do regime de partilha pretendida – e quase implantada – pelo governo golpista.

Fernando Brito

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