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WAGNER DIZ QUE ACM NETO “FEZ UMA PATACOADA”

O cenário político baiano continua a ferver com queda de braço entre ACM Neto (DEM) e Jaques Wagner (PT) neste início de campanha pela sucessão do comando do Executivo em outubro próximo.

E o motivo do embate é a licitação do transporte público de Salvador, que aconteceu ontem. Governador mandou ofício solicitando suspensão do processo licitatório porque, segundo ele, modelo proposto pelo Município não engloba integração dos ônibus coletivos com o metrô.

O prefeito, contudo, entendeu que atitude de Wagner “fere a soberania de Salvador”. E daí a guerra começou, há cinco dias.

Em entrevista à rádio Metrópole nesta segunda-feira, Wagner desferiu críticas ácidas contra o jovem democrata e disse que ele levou discussão “técnica” para o campo político.

“Para minha estranheza, eu mandei uma carta técnica, preocupado com a mobilidade urbana de Salvador. Mandei uma correspondência técnica e estou alertando para a forma que está sendo feita a licitação. Não está correta, está sendo onerosa”, disse o governador.

“Ao invés de fazer uma resposta técnica, se fez um palanque político equivocadamente. Eu esperava uma correspondência técnica como resposta. As pessoas acham que está sentado aqui, alguém que já sentou. Sou conhecido na Bahia como respeitador das diferenças democráticas. O vício do cachimbo de alguns, que tá achando que eu quero meter a mão na prefeitura”, completou o petista.

Jaques Wagner aproveitou oportunidade para atacar ACM Neto com assunto que, como é sabido, abala o emocional do prefeito: seu avô. Embora não tenha citado nomes, o petista fez comparação entre sua postura e a do falecido ex-governador e ex-senador ACM.

“Eu sei o que é isso: quando um prefeito ganhava uma eleição num município, e era de oposição ao governo do estado, realmente se matracava, se perseguia, como Vitória da Conquista foi perseguida. O exemplo mais contundente foi o da ex-prefeita Lídice da Mata, que se tentou trincar o governo dela. Mas pode ficar despreocupado, prefeito. Minha cabeça é outra. O que eu não vou topar é fazer uma carta correspondência técnica sem divulgação, uma patacoada, um palanque para ficar fazendo política”.    

Fonte: B.247/Redação

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