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Aterro sanitário da Sustentare comete crime ambiental

Conforme informações do administrador Ênio Noronha Raffin, após realizar auditoria em documentos públicos referente ao PRAD – Plano de Recuperação de Área do Aterro Municipal de Feira de Santana, ele divulgou no site “Máfia do Lixo” uma denúncia com titulo ‘Planejando o crime ambiental em Feira de Santana na Bahia’.

Nos relatórios do PRAD, o chorume produzido no aterro sanitário da empresa Sustentare, antiga Qualix, está sendo jogado de forma indiscriminada na lagoa de chorume do então aterro municipal, mais conhecido como antigo lixão, que fora desativado em caráter de urgência na primeira gestão do prefeito José Ronaldo de Carvalho, e construído o atual aterro pela empresa Qualix, hoje Sustentare.

No documento ficou registrado que foi encontrada uma tubulação subterrânea de condução de chorume, a qual foi construída de forma estudada e planejada, porém clandestina, ou melhor, criminosa, pois não existe licença nem autorização para essa construção e operacionalização.

Essa tubulação parte do aterro da Sustentare para escoamento do chorume e vai até a lagoa, por gravidade.

O engenheiro ambiental Francisco Vieira, que também trabalhou nessa empresa, denunciou a existência de ações criminosas e que o chorume chegou a correr a céu aberto para o Rio Jacuipe.

Datalhou também como o chorume era destinado, por exemplo: a cada seis ou dez caminhões coletados por dia, a cada dois dias um era enviado para a Embasa, o resto dava um destino que só Deus sabia.

Francisco Veira também afirmou ser testemunha da negligência que sempre aconteceu por culpa da Sustentare e da Prefeitura de Feira de Santana.

Ele denuciou: “No aterro da empresa tem mantas impermeáveis que coletam o chorume, mas em épocas de chuvas se jogava o líquido tóxico nos acessos ao antigo aterro municipal e algumas vezes até em beira de estradas”.

Sobre essas irregularidades e outras que ocorriam Francisco afirmou que a única orientação que recebia era: “ficar quieto e não falar com ninguém”.

Essas denúncias não serão suficientes para que a Prefeitura e o Ministério Público abram uma investigação? Será que essa empresa pode ser habilitada a participar da licitação para contratação dos serviços de Limpeza Pública de Feira de Santana? Muito cuidado ela pode até se apresentar com outro nome.  

Fonte: Carlos Lima com informações do jornal Folha do Estado

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