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MAIS DEMÓSTENES: CAIADO CAIRÁ EM QUESTÃO DE DIAS

O procurador Demóstenes Torres reafirma “tudo o que disse” e sugere em nota divulgada nesta terça (31) que apresentará provas das acusações de que o líder do DEM, Ronaldo Caiado, teria sido financiado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira nas eleições de 2002, 2006 e 2010.

 

“Essa madrugada fez Ronaldo perder a voz, mas o decorrer dos dias próximos o fará perder o mandato”, disse; “A minha agonia está no fim e a de Ronaldo Caiado apenas se iniciando”, avisa; Demóstenes nega que tenha citado o senador Agripino Maia em fraudes no Detran de Goiás; o Brasil247 apurou, contudo, que a suposta “operação goiana” envolveria a CAE do Senado, a aprovação de nomes para a Anvisa e doações ilegais às campanhas de Agripino e da então senadora Rosalba Ciarlini pela indústria farmacêutica

O ex-senador Demóstenes Torres treplicou em nota que a agonia do ex-aliado Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, apenas começou e que ele perderá o mandato nos próximos dias.

Demóstenes sugere em nota, divulgada no final da tarde desta terça-feira (31), que apresentará provas das acusações de que o ruralista teria sido financiado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira nas eleições de 2002, 2006 e 2010.

As alegações de Demóstenes estão contidas em artigo publicado na nossa editoria “Nacional” e também na Editoria “Política”. Caiado, por sua vez, refutou as acusações e classificou Demóstenes de “psicótico”.

No texto vespertino, Demóstenes diz que Caiado “deu uma sapituca” e que reconheceu quase todos os fatos apresentados pelo procurador de Justiça.

Também refuta três acusações que Caiado lhe faz. Disse ainda que o senador comete um ato falho: “Eu jamais disse que Agripino Maia teve qualquer esquema com o Detran.” E questiona: “Ou teve, Caiado?”

Um interlocutor privilegiado do Goiás247 revelou, na condição de anonimato, que a suposta “operação goiana” envolveria o financiamento ilegal das campanhas de Agripino e da então senadora Rosalba Ciarlini (que venceu as eleições ao governo do Rio Grande Norte em 2010) pela indústria farmacêutica.

E que o esquema envolveria a aprovação de nomes para a Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAE) do Senado. Disse, ainda, que as evidências devem surgir nos próximos dias.

Agora vamos tomar conhecimento, na íntegra, da nota de Demóstenes

Ronaldo Caiado, à míngua de qualquer argumento, partiu para a adjetivação.

Deu uma sapituca, reconheceu quase todos os fatos que apresentei, tentando lhes dar um ar de normalidade.

Traz apenas três pontos novos e inverídicos: que eu tenha chorado perante ele e dispensado sua lealdade.

Que tenha Eurípedes Barsanulfo contido o então diretor-geral da Polícia Civil, Marcos Martins, em uma suposta invasão do meu gabinete na Secretaria de Segurança Pública.

E que o meu suplente de senador José Eduardo Fleury tenha tentado me chantagear.

Quanto ao primeiro, ninguém jamais me verá nessas condições. Além do quê, Caiado acredita que o sentimento de lealdade é apenas uma doença de cachorro.

No segundo, ainda que fosse verdade, o que nego, nunca pedi para que comprassem minhas brigas. Sempre fui homem o suficiente para enfrentar os meus próprios desafios.

O terceiro é apenas mais uma da safra caiadista de invencionices. José Eduardo Fleury foi um suplente honesto e dedicado, a quem sempre respeitei.

O senador comete um ato falho. Eu jamais disse que Agripino Maia teve qualquer esquema com o Detran. Ou teve, Caiado?

Sua mitomania atravessa todas as frases e se consubstancia na afirmação de que os integrantes da CPI ouviram 250 mil horas de gravações e o inocentaram.

Isso seria o equivalente a passar mais de 28 anos ouvindo, 24 horas por dia, todos os grampos da Operação Monte Carlo.

É apenas mais uma fantasia construída para dar ar de veracidade à personagem que o senador canastrão representa.

Essa madrugada fez Caiado perder a voz, mas o decorrer dos dias próximos o fará perder o mandato.

Não adianta grunhir porque se gritaria resultasse em algo, os porcos não morreriam daquela forma.

E repito: comigo é nos termos que já propus, exceto em uma disputa intelectual, porque cérebro Caiado não possui. Aguarde. Quem viver verá.

A partir de agora a Justiça vai resolver a minha situação e a dele. Reafirmo tudo o que disse. A minha agonia está no fim e a de Ronaldo Caiado apenas se iniciando. Tenho dito.

Fonte: Palazzo-Martini

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