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Dilma diz ter sido ‘levada’ a trocar ataques com Aécio em debate na TV

Candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (17) em entrevista coletiva em Florianópolis (SC) que foi “levada” a ter embate com o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, durante debate na TV do qual participou nesta quinta (16).

Durante o debate do SBT, Dilma e Aécio voltaram a trocar agressões verbais, em tom semelhante ao do debate anterior, na última terça (14), em que ambos se atacaram mutuamente.

“Eu não tomei esse rumo de embate com Aécio, eu fui levada a esse rumo. É claro que eu preferia fazer debate propositivo. Eu não posso me furtar ao combate, afinal, sou candidata e eu não posso usar de nenhum artifício para fugir das discussões”, disse a presidente.

Mais cedo, durante encontro com prefeitos catarinenses, em Florianópolis, que Aécio deixará o mercado aberto para a concorrência “destrutiva”.

“Meu adversário acha que tem que deixar o mercado aberto pra toda e qualquer forma de concorrência destrutiva. O meu governo acha importante fazer política de conteúdo local, dando preferência para indústrias brasileiras nas compras governamentais”, afirmou a presidente.

Durante o encontro com prefeitos em Florianópolis, Dilma voltou a afirmar, como tem feito em eventos de campanha, que estão em disputa nas eleições dois projetos que já governaram o país e que não há comparações de sonhos, mas realizações.

“O PSDB cria o desemprego porque acha que precisa fazer ajustes, reduzindo empregos e salários. Eu crio empregos e melhoro salários. Criando empregos e melhorando salários, a gente abre a possibilidade de todos crescerem. No meu governo, todas as classes sociais melhoraram”, afirmou.

Durante o discurso, a presidente voltou a dizer que em seu governo há o combate “incessante” à corrupção. Além disso, a candidata do PT à reeleição reafirmou ter dado autonomia à Polícia Federal e que não há, atualmente, o “engavetador da República”.

Ao pedir voto “combativo” aos militantes, a presidente disse que a população brasileira vive melhor e tem mais acesso a serviços públicos que em anos anteriores.

“Diante da urna teremos dois projetos de país. Precisamos votar lembrando quem fez programas sociais para o nosso povo, que mudou a vida de todos. Nosso povo hoje vive melhor, tem mais acesso que antes. Por isso peço o voto de vocês, um voto combativo”, argumentou.

Ainda no discurso, Dilma voltou a defender projetos do governo federal, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e prometeu criar, caso seja reeleita, o Mais Especialidades, que estabelecerá no país uma rede de clínicas especializadas, integradas por unidades do sistema público já existente.

 

Críticas ao governo FHC

 

Dilma voltou a afirmar que o Brasil “quebrou” três vezes durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Presidência e disse que o país estava “frágil” em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto.

A candidata do PT afirmou ainda que o Brasil não investia em proteção de desastres naturais e defendeu a ascensão social dos últimos anos. “Eu tenho orgulho de fazer parte de um projeto que levou 36 milhões a sair da miséria e 42 milhões a ir para a classe média”, disse.

Propostas para a segurança

A presidente voltou a defender que sejam criados nas capitais centros integrados de comando e controle, assim como os que foram instalados no período da Copa do Mundo e do primeiro turno das eleições. A candidata do PT à reeleição destacou ainda que o governo federal deve ter “maior responsabilidade” sob a segurança pública.

“O crime acontece de forma integrada. Ou nós, todos nós nos unimos ou ele vai continuar. É uma ação conjunta. Se eliminarmos de um estado, vai para outro”, alegou.  

Fonte: Mariana de Ávila

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