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LULA: NÃO SABIA QUE NETO DE TANCREDO TERIA TANTO ÓDIO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, defendeu fervorosamente a presidenciável petista, Dilma Rousseff nesta segunda-feira em evento realizado no Teatro Tuca, na PUC. Ele destacou os ataques que a candidata à reeleição vem sofrendo de seu adversário no segundo turno da disputa presidencial, Aécio Neves, do PSDB.

 

“Dilma apanha mais do que eu. Analisando o tratamento de Aécio a Dilma, eu sinceramente fico pensando que esse rapaz deve ter um problema. Ele é grosseiro. Jamais teria coragem de chamá-la de leviana e mentirosa. Por mais que eu não suportasse ela. Essas coisas vem de berço, a gente não aprende na universidade”, alfinetou Lula.

 

O líder do PT afirmou ainda que a presidente sofre preconceitos por ser mulher, pontuando que as ofensas não se limitam mais aos nordestinos e aos pouco instruídos. “Ela não pode ser chamada de analfabeta como faziam comigo. É uma mulher qualificada. Não pode ser tratada dessa maneira desrespeitosa”, reclamou o ex-presidente.

 

Lula disse também que nunca viu tanto ódio disseminado como o ódio que a oposição nutre pelos petistas. “Eu não imaginei que o neto de Tancredo (Neves) teria tanto ódio. Ele não fala apenas que quer ganhar da Dilma, mas também que quer derrubar o PT, quer tirar a gente do país.

 

É inacreditável o ódio nesta campanha. Petistas são agredidos a todo instante”, explicou Lula, acrescentando que sempre foi favorável ao segundo turno.

 

Após os números do Datafolha e do Vox Populli, que mostraram Dilma com 3 pontos de vantagem em relação ao tucano, o ex-presidente demonstrou confiança na vitória de sua candidata. “Para a desgraça deles, nós vamos ganhar a eleição”.

 

No final do discurso, Lula voltou a lamentar as ofensas que vem marcando essa corrida presidencial. “Eu não me lembro um momento de minha vida política em que fui tão agressivo. Eles não respeitam a Dilma”, disse o ex-presidente. “Daqui para frente não tem xurumela, daqui para frente, é Dilma na urna”, concluiu.  

Fonte: Reuters

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