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Emiliano tem audiência com pastor acusado de tortura

Marcada para esta sexta-feira (17) às 8h50 a primeira audiência da queixa-crime que o pastor da Igreja Batista do Caminhos das Árvores Átila Brandão prestou contra o jornalista, escritor e suplente de deputado federal Emiliano José (PT). Sessão será no Juizado Criminal de Salvador.
O religioso se sentiu ofendido com artigo de Emiliano intitulado ‘A premonição de Yaiá’, publicado em 11 de fevereiro deste ano no jornal A Tarde, no qual o jornalista descreve atos de tortura praticados por ele no ano de 1971, quando Átila era oficial da Polícia Militar da Bahia.
Yaiá é dona Maria Helena Rocha Afonso, mãe do professor de História Renato Afonso. O ex-militante do PCBR confirmou o depoimento da mãe, com mais detalhes sobre as práticas do então oficial de política a Emiliano José, que o publicou no site da revista Carta Capital sob título ‘Corpo amputado querendo se recompor’.
Segundo o jornalista, Átila Brandão praticava os atos de tortura no Quartel dos Dendezeiros, no Bonfim.
Depois da queixa prestada pelo religioso o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) publicou nota de repúdio ao bispo “que ataca a liberdade de imprensa e de opinião”, prevista na Constituição. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também prepara manifestação em favor de Emiliano José.
Em discurso na Câmara Federal ontem, o deputado Geraldo Simões proferiu longo manifesto de repúdio a Átila Brandão e disse que a Bahia está prestes a “ocorrer uma volta ao passado”.
Emiliano José foi ferrenho combatente à ditadura militar como jornalista e militante de esquerda e foi preso por diversas vezes. Em uma delas ficou detido por quatro anos ininterruptamente, do final de 1970 ao final de 1974. Ele é doutor em comunicação pela Universidade Federal da Bahia e é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores.

Fonte: Bahia 247

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