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Indeferimento foi ‘jogo de cartas marcadas’, diz Sérgio

O suplente de deputado federal Sérgio Carneiro (PT) classificou como “jogo de cartas marcadas” o indeferimento da sua candidatura a desembargador do Tribunal de Justiça (TJ-BA) pelo conselho da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), por 23 votos a 12.
O petista diz ter provado adequação às exigências do pleito do Quinto Constitucional. “Comprovei 11 anos de processos no fórum, em mesa, com barriga no balcão. Desses 11, seis tinham mais que cinco processos. Nos quatro restantes eu usei o complemento de um ou dois pareceres jurídicos da Câmara. Recorri porque parecer jurídico é parecer jurídico. Outros colegas parlamentares, com notório saber jurídico, já tinha sido eleitos. Fui candidato a ministro do TCU (Tribunal de Contas da União)e não posso ser na minha terra? A única coisa que pleiteei foi o direito a ser candidato”, protestou Carneiro. Segundo ele, haveria motivação política para barrá-lo.
Embora não faça ilação com os fatos, o primeiro parecer que pediu a impugnação do seu registro de postulante foi feito por Eduardo Rodrigues, que seria advogado do PDT e chefe de gabinete do presidente estadual da sigla, Alexandre Brust, que comanda a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral. No julgamento do recurso, o relator foi Cláudio Cairo, que aprovou o indeferimento somente pela não comprovação de 10 anos consecutivos do exercício da advocacia. “Ele deu um show em plenário. Pegou parecer por parecer e mostrou o que servia e não servia. Deu um parecer que acabou com o primeiro, mas tinha sido compelido pelas mesmas forças a me rejeitar. Claudio Cairo disse que indeferiu a candidatura não pelos pareceres, mas pelos anos ininterruptos. No ano de 2008, eu fui candidato a prefeito de Feira de Santana e realmente me afastei. Oscimar Torres e Paulo Damasceno foram secretários da prefeitura de Salvador, então não podiam ser candidatos”, opinou.
Para Sérgio Carneiro, que acreditava ter apoios suficientes para a sua eleição, não há dúvida de que houve “deslealdade” no processo para impedi-lo de entrar na disputa. “Tentaram pelos pareceres e o próprio relator desmontou a tese. Inventaram a não comprovação de 10 anos ininterruptos e não deu certo. Aí, foi na tora mesmo. Chutaram o pau da barraca. A coisa foi feita de forma baixa, desleal. Era um negócio armado. Achavam que eu era forte. Eu disse no plenário: foi melhor vocês terem me tirado, porque saio como vítima’. Saio de cabeça erguida”, avaliou. Curiosidade: Oscimar Torres é filiado ao PDT e braço-direito do pai de Sérgio, o senador João Durval Carneiro, tanto que foi secretário em Salvador – efetivo ou tampão – de diversas pastas nos oito anos de gestão do seu outro filho: João Henrique.

Fonte: Bahia Notícias

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