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MAÇONARIA: CELEBRA NATAL E SÃO JOÃO COM SOLSTÍCIO DO VERÃO E DO INVERNO

A Maçonaria celebra com São João o Solstício, do verão, no hemisfério austral, e do inverno, no hemisfério boreal. É uma referência astronômica inteiramente alheia à ideia da santidade, porque Maçonaria não é religião nem se subordina a nenhum culto religioso.

 

Com o decorrer dos anos é que em alguns países dados ao misticismo religioso o culto joanino foi nacionalizado substituindo-se o “Batista” por “Esmoler”, por “Evangelista” e pelo de “Jerusalém”, sem, contudo desaparecer a figura astronômica do Solstício.

 

Nos meus estudos encontrei uma definição dos objetivos Maçônicos que não tem nada com São João, proferido pelo Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil, Quintino Bocaiuva, que diz:

 

“- Fundindo no seio da nossa Sociedade Maçônica todos os elementos são da sociedade profana, amalgamando-os e depurando-os no caldinho da nossa FÉ; purificando-os ao fogo das caçoilas aonde fazemos arder a mirra perfumosa que em espirais de fumo se evola como uma inovação ao Supremo Arquiteto do Universo, nós nos habilitamos a influir sobre os destinos dos povos, infiltrando no seu seio aas nossas doutrinas, a nossa moral, as nossas ideias, o nossos princípios, procurando modelar as agremiações humanas pela feição da nossa Sociedade e procurando transfundir no seu seio o vigor e a energia, a virilidade, a discrição, o desprendimento, o altruísmo, enfim, que é o resultante da depuração a que todos nos sujeitamos de boa mente a fim de alcançar para as nossas consciências a satisfação de havermos praticado o Bem e para o nosso próximo os benefícios de Paz e o estímulo do aperfeiçoamento, da progressão moral, sucessiva e ascendente por meio da qual nos aproximamos lenta mas continuadamente, do nosso Criado Onipotente. Foco eterno da Luz, fonte perene do Bem , da Justiça e do Amor. É essa meus presados irmãos a face política da missão histórica desempenhada pela Maçonaria em todos os tempos e para sempre, em todos os países.”

 

Dessa forma é que chegam até nós as festas de São João e Natal. Elas chegam desde os tempos primitivos como resíduos de cultos metereológicos a que as mitologias neo-anarianas, primeiro, e depois a cristã, deram significação religiosa.

 

Nos dois solstício do verão e do inverno, a natureza desfolha-se em milagre. O nosso povo diz cheio de convicção e Fé. “Depois que o menino nasceu, tudo cresceu”.

 

Esse menino, que no cristianismo é JESUS, aparece no momento em que na Alemanha e na Escandinavia apareciam os gênios elementares, à noite de Yole, Joel ou Geole.

 

Seis meses depois, quando se inicia o movimento inverso, celebra o precursor, o Batista; as fogueiras que já desde o tempo de Estrabão eram o culto celtibérico por excelência.

 

É por toda parte essa noite dos encantos e dos milagres ingênuos, sem caráter teológico. São tão simples na sua candura, que a Igreja não se ofende nem condena. Ela própria ignora que de tão velhas invenções, como de uma semente sai uma árvore ou de num tronco nasce uma rede de ramos, saíram os cultos que defende e propaga o hino sagrado e o nascimento do Verbo.

 

Em resumo é um culto pagão que a Igreja incorporou sem expurga-lo do que ele tem de contraditório em relação à severidade teológica.

 

De fato, por todo o mundo, os principais filtros amorosos são celebrados na noite de São João e Natal em todos os povos.

Fonte: Carlos Lima e pesquisa

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