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Bolsonaro irá apurar se problema na correção do Enem foi erro do governo, falha humana ou sabotagem

Crédito: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (28) que vai apurar se a falha no Enem foi erro do governo, “falha humana” ou sabotagem.

Na manhã do sábado (18), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que foram encontradas “inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem do ano passado”, referindo-se ao Enem 2019. Segundo Weintraub, o erro atingiu “alguma coisa como 0,1%” dos candidatos que prestaram o exame.

A gráfica responsável pela impressão das provas, segundo o ministério, descasou, em alguns casos, o cartão de respostas com o tipo da prova a que o documento deveria corresponder. O MEC informou que os alunos afetados já tiveram as provas corrigidas corretamente.

Por causa da falha, a Justiça mandou suspender a divulgação do resultado do Sisu, sistema em que o estudante concorre a vagas em universidades públicas com a nota do Enem.

Bolsonaro disse que esse tipo de falha na correção do Enem não pode acontecer. O presidente falou com jornalistas na chegada à residência oficial do Palácio da Alvorada, ao voltar de uma viagem oficial à Índia.

“Enem, está complicado. Eu estou conversando com ele [ministro da Educação, Abraham Weintraub], para ver se foi alguma falha nossa, falha humana, sabotagem, seja lá o que for. Temos que chegar no final da linha e apurar isso. Não pode acontecer isso. E nós sabemos que tudo está na mesa. Eu não quero me precipitar dizendo o que deve ter acontecido com o Enem”, disse o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que o governo vai assumir a responsabilidade, caso fique comprovado que a falha foi da equipe que organiza o Enem.

“Acho que todas as cartas estão na mesa. Não quero dizer que é isso, para querer se eximir, talvez, de uma responsabilidade que seja nossa. Não sou dessa linha. Eu quero realmente é apurar e chegar no final da linha para falar com propriedade. Se for nossa, assume. Se for de outros, mostras com provas o que houve”, completou.

 

 Guilherme Mazui e Pedro Henrique Gomes

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