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Corpo de coordenadora, vítima de massacre em escola, é enterrado.

Tia brincalhona Sobrinho de Marilena, Marcos Yuji falou do amor que a tia sentia pela escola. "Era a paixão dela. Ela sempre tinha uma história nova, sempre comentava a relação dela com as crianças. As crianças também adoravam ela. Sempre tinham ela como uma tia brincalhona, a mais próxima", disse. "Ela estava sempre brincando, sempre com um sorriso fácil. Gargalhava bastante. É isso que fica na nossa memória, o legado que ela deixa. Na nossa família, os primos todos têm mais ou menos a mesma idade. Então as tias todas são como mães pra gente. Desde criança a gente recebeu carinho, bronca quando precisou. A gente sente muito também pelos meus primos." Enterros Sete vítimas dos massacres foram enterradas nesta quinta, cinco delas no Cemitério São Sebastião: os estudantes Samuel Melquiades de Oliveira Silva, de 16 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, de 15 anos; Caio Oliveira, também de 15; e Cleiton Antônio Ribeiro, de 17 anos, além da inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier, de 38 anos. Outras duas foram enterradas no Cemitério Colina dos Ipês: Jorge Antônio de Moraes, tio de um dos assassinos, e o aluno Douglas Murilo Celestino, de 16 anos. Os assassinos foram enterrados no mesmo horário, também em Suzano, mas em cemitérios diferentes: Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, no Cemitério São Sebastião, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, no Cemitério São João Batista.

O corpo de Marilena Ferreira Umezu, coordenadora pedagógica e vítima do massacre da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), foi enterrado sob aplausos às 11h45 desta sexta-feira (15) no Cemitério São Sebastião, na cidade da Grande São Paulo.
Assim como ocorreu com outras cinco vítimas do massacre, o velório de Marilena havia começado na quinta-feira (14) na Arena Suzano, por onde passaram 15 mil pessoas ao longo do dia. No entanto, a cerimônia em homenagem à coordenadora pedagógica da escola foi transferida para a Igreja Matriz de Suzano e seguiu até esta manhã.
O enterro de Marilena precisou ser adiado porque a família esperava a chegada de um dos três filhos da vítima – ele mora na China. Todas as demais vítimas haviam sido enterradas na quinta.

O filho de Marilena, Michael Vieira Umezu, chegou por volta das 7h40 à igreja onde o corpo da mãe era velado. Ele estava acompanhado da mulher e do neto da vítima. Michel foi escoltado por um carro da Polícia Civil do aeroporto.
Marilena deixa outros dois filhos, Vinicius e Marcel Umezu.

De acordo com a polícia, a coordenadora da escola foi a primeira pessoa a ser baleada. Marilena, de 59 anos, era uma defensora dos “livros como melhor arma para salvar o cidadão”.

Os dois autores do massacre, um rapaz de 17 anos e outro de 25, eram ex-alunos da escola. A professora sorriu ao rever um deles cruzando o portão do colégio, onde trabalhava havia mais de dez anos, mas foi atingida em seguida.

O filho de Marilena que chegou da China falou com jornalistas e lembrou da mãe, que ele contou ter visto pela última vez em janeiro.
“A educação vem do berço e é isso que minha mãe sempre ensinou pra gente. Ela deu valores pra gente desde pequeno e ajudou a gente a entender o que é certo e errado. Quem tem valor vai ser uma pessoa boa na vida”, disse Michael Umezu.

“O que ela comentava muito do trabalho é que ela realmente queria contribuir para mudar alguma coisa. […] Tem muitos alunos bons, ela era muito querida pelos alunos. Ela queria ver aqueles alunos se dando bem. Isso é o que ela queria fazer, os professores trabalhando junto com ela para poder fazer alguma diferença.”

Segundo a estudante Camile Rocha, Marilena usava a experiência de vida para ouvir e aconselhar os jovens.
“Ela tratava todos nós, alunos, como se fosse mãe, como se fosse a mãe da gente. Educada, carinhosa, se tivesse qualquer tipo de problema podia conversar com ela. Elas eram incríveis, mulheres maravilhosas, e hoje são estrelinhas que vão brilhar no céu”, disse.

Tia brincalhona

Sobrinho de Marilena, Marcos Yuji falou do amor que a tia sentia pela escola. “Era a paixão dela. Ela sempre tinha uma história nova, sempre comentava a relação dela com as crianças. As crianças também adoravam ela. Sempre tinham ela como uma tia brincalhona, a mais próxima”, disse.

“Ela estava sempre brincando, sempre com um sorriso fácil. Gargalhava bastante. É isso que fica na nossa memória, o legado que ela deixa. Na nossa família, os primos todos têm mais ou menos a mesma idade. Então as tias todas são como mães pra gente. Desde criança a gente recebeu carinho, bronca quando precisou. A gente sente muito também pelos meus primos.”
Enterros

Sete vítimas dos massacres foram enterradas nesta quinta, cinco delas no Cemitério São Sebastião: os estudantes Samuel Melquiades de Oliveira Silva, de 16 anos; Kaio Lucas da Costa Limeira, de 15 anos; Caio Oliveira, também de 15; e Cleiton Antônio Ribeiro, de 17 anos, além da inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier, de 38 anos.
Outras duas foram enterradas no Cemitério Colina dos Ipês: Jorge Antônio de Moraes, tio de um dos assassinos, e o aluno Douglas Murilo Celestino, de 16 anos.
Os assassinos foram enterrados no mesmo horário, também em Suzano, mas em cemitérios diferentes: Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, no Cemitério São Sebastião, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, no Cemitério São João Batista.

G1

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