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Este não é o Brasil que nós queremos/ Por Sérgio Jones*

Como nós todos estamos cansados de saber, embora muitos por interesses escusos não querem admitir, o poder é perverso e quem os detém, quase sempre, é a escória da humanidade.

Na disputa social só triunfam os mais violentos e sanguinários. Por isso mesmo, existem grupos que combatem toda a forma de governos e lutam para deixar os homens livres para que possam viver em um sistema mais igualitário fugindo das garras predatória do capitalismo selvagem que, para a desgraça da humanidade, tem se proliferado que nem erva daninha.

De acordo com dados recentes, estes apontam segundo pesquisas elaboradas pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), um quinto da população, equivalente a 1,2 milhão, de crianças na faixa etária entre 4 e 5 anos, no Brasil, estão fora das salas de aula em 2016.

O que implica dizer que o país levará quase 20 anos para conseguir acolher todas as crianças dessas duas idades na pré-escola, apesar de a meta número 1 do Plano Nacional de Educação (PNE) ter estabelecido o ano de 2016 como limite para a universalização da educação infantil pré-escolar.

“ A pré-escola é a etapa mais importante do desenvolvimento infantil, pois é quando a criança desenvolve as habilidades cognitivas necessárias para iniciar o processo de alfabetização. Passar por ela diminui as dificuldades que podem surgir em toda a trajetória escolar”, explica Gabriel Barreto Corrêa, gerente de Políticas Educacionais do movimento Todos pela Educação.

Tal situação de crueldade e o trato que o poder público dispensa à estas crianças acabam fazendo com que esse processo de inclusão seja um pouco mais lento.

O que torna necessário uma política de estado que agilize esse processo.

Reconhecem os profissionais da área que a estruturação do ensino infantil é complexa, porque requer investimento e planejamento diferenciados: a pré-escola pede uma estrutura mais lúdica, diferenciada, turmas menores, porque são alunos que requerem mais atenção.

Não é só colocar dentro da instituição, mas ter condições de abrigar e dar ensino qualificado.

Outro dado que chama a atenção na citada pesquisa é a quantidade de crianças de 0 a 3 anos fora de creches.

Apesar de o ensino para essa faixa etária não ser obrigatório, em 2016 mais de 2/3 dos meninos e meninas dessa idade estavam fora das salas de aula.

Segundo eles, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é ampliar a oferta de creches para atender, no mínimo, 50% das crianças até 3 anos até 2024.

Mantendo o ritmo dos últimos três anos, o país baterá a meta definida três anos depois do recomendado pelo PNE, em 2027.

O que nos fica patenteado é que educação nunca foi uma questão de prioridade do atual governo golpista, muito menos ainda da rude escória, que é formada a elite brasileira, responsável pelo destino desta trágica nação.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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