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Ministro usa chocolates para explicar bloqueio no orçamento das universidades federais.

O ministro da Educação, Abraham Wintraub, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, durante transmissão ao vivo nesta quinta (9) — Foto: Reprodução/redes sociais

Ao participar de uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (9), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou chocolates para explicar o bloqueio no orçamento de todas as universidades e institutos federais, anunciado na semana passada.

Segundo nota divulgada na quarta-feira (8) pelo ministério, o bloqueio atingiu 3,4% do orçamento total das universidades federais. “O orçamento para 2019 dessas instituições totaliza R$ 49,6 bilhões, dos quais 85,34% (R$ 42,3 bilhões) são despesas de pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas), 13,83% (R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) são despesas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas”, diz a nota.

Durante a transmissão nas redes sociais nesta quinta, Weintraub colocou sobre a mesa 100 chocolates e separou três e meio para explicar o bloqueio.

“A gente tá pedindo simplesmente três chocolatinhos desses 100 chocolates, três chocolatinhos e meio, três chocolatinhos e meio. A gente não está falando para a pessoa que a gente vai cortar, não está cortado. Deixa para comer depois de setembro, é só isso o que a gente está pedindo. Isso é segurar um pouco”, afirmou o ministro.

Em seguida, Weintraub se dirigiu ao presidente da República e indagou: “Eu o pergunto, presidente, o senhor já passou por uma situação dessa, de ter um imprevisto, uma dificuldade na vida? Que falou assim: ‘Segura um pouco?’ Se alguém falasse assim: ‘Três chocolatinhos e meio. Três e meio por cento. Dos 100, três e meio segura’. Porque o salário está integralmente preservado e pago no dia. […] Ficam espalhando que a gente está fechando tudo”.

De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o contingenciamento atingiu 20% da verba para custeio (serviços de manutenção, limpeza, segurança) e 90% da verba de investimento.

G1

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