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Coreia do Norte enviará mais de 200 torcedores para Olimpíadas

Coreia do Norte enviará mais de 200 torcedores para Olimpíadas Foto: EPA / Ansa - Brasil

A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira (17) que enviará uma delegação de 230 líderes de torcida para participar das competições no Jogos Olímpicos de Inverno, que serão disputados em fevereiro na cidade sul-coreana de Pyeongchang.

De acordo com um representante do regime de Kim Jong-un, a delegação atravessará a fronteira através da “cidade da trégua”, Panmunjom. Com isso, até o momento, foi acertado o envio de uma delegação norte-coreana de 370 pessoas, incluindo a orquestra anunciada há dois dias.

A reunião de hoje entre os representantes das duas Coreias serviu para finalizar detalhes importantes da participação norte-coreana na competição, como o tamanho da delegação, transportes, custos e a hipótese de um desfile conjunto na Cerimônia de Abertura entre atletas dos dois países.

Seul confirmou as informações, dizendo que foram acertados os detalhes da participação de Pyongyang. Além disso, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, foram tratados temas referentes aos eventos culturais conjuntos no monte Kumgang, na Coreia do Norte, e sobre a possibilidade de utilizar o Masikryong Ski Resort, uma grande estrutura para a prática do esqui na costa oriental norte-coreana.

Além disso, a delegação de Kim Jong-un abriu a possibilidade do país enviar uma delegação também para os Jogos Paralímpicos, que ocorrem entre 9 e 18 de março, e que ficou definido que serão feitas consultas ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

– Reunião no Canadá:

O novo encontro entre os representantes das duas Coreias ocorreu menos de 24 horas depois dos governos de 20 países, sem a participação da China e da Rússia, se reunirem em Vancouver, no Canadá, para debater a crise nuclear da Coreia do Norte.

Após o encontro, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou que seu país está buscando uma “solução diplomática” para acrise, mas não descartou usar uma resposta militar caso Kim Jong-un continue ameaçando os Estados Unidos.

“A Coreia do Norte precisa provar que é um parceiro confiável. Todos nós precisamos estar sóbrios e lúcidos sobre essa situação. Precisamos reconhecer que a ameaça está crescendo e que se a Coreia do Norte não escolher a via do compromisso, da discussão e da negociação, seremos eles mesmos a escolher a outra opção”, destacou Tillerson.

Já o ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Kano, exortou os representantes a “não acreditar nas boas intenções” do regime de Pyongyang. Segundo ele, as negociações sobre os Jogos Olímpicos são uma maneira dos norte-coreanos “ganharem tempo” e, durante as conversas, eles aproveitam para “avançar seu programa de experimentos nucleares”.

No entanto, a reunião gerou críticas dos chineses – um dos principais mediadores da crise norte-coreana. De acordo com o chanceler de Pequim, Lu Kang, a reunião em Vancouver teve uma “mentalidade de guerra fria” e que atinge diretamente a possibilidade de uma solução apropriada para a península coreana.

Ansa

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