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Seleção feminina de basquete caminha firme rumo ao Pré-Olímpico Mundial.

Foto: Divulgação Fiba

Depois de um Pan-Americano em que o Brasil conquistou a medalha de ouro, a Copa América começou com sustos para a nossa seleção. Na primeira partida, contra a Colômbia, a equipe não foi bem. Mas o time cresceu ao longo da competição. No terceiro jogo, contra os Estados Unidos, apesar de ter perdido por 20 pontos de diferença, o time de José Neto teve sua melhor atuação no torneio. O Brasil foi muito bem taticamente e teve um bom papel na defesa.

José Neto é um técnico recém-chegado à seleção brasileira, e por isso as jogadoras ainda estão conhecendo a sua metodologia de jogo. No sábado contra o Canadá, infelizmente nossas jogadoras de fora do garrafão não tiveram um bom desempenho nos arremessos de três pontos. Nos lances livres, o rendimento foi ainda pior. Nossas três jogadores de garrafão, Damiris, Érika e Clarissa, foram a boa notícia, jogaram muito bem.

Brasil Canadá Copa do Mundo basquete — Foto: Divulgação
Brasil Canadá Copa do Mundo basquete — Foto: Divulgação

Sem dúvidas, faltou a ajuda das jogadoras de fora do garrafão contra as canadenses. Nesse domingo contra Porto Rico, o conjunto foi muito bem. O adversário não tinha tanto peso, mas é bom lembrar que na última Copa América o Brasil perdeu para as porto-riquenhas. E venceu as caribenhas numa partida difícil no Pan de Lima. Em San Juan, o Brasil se impôs e mostrou que realmente é superior. As jogadoras de fora do garrafão atuaram muito bem, fizeram uma boa defesa. Houve alternância tática no ataque.

Vi a Érika nessa Copa América como uma grata surpresa, assim como Damiris. Vinda da WNBA, Damiris tem jogado muito bem, tem tomado conta das partidas, jogando na posição três (ala), jogando bem dentro do garrafão (ala-pivô), deu assistências, pegou rebotes. Vai evoluir ainda mais nessa caminhada rumo a Tóquio.

Desde o início da competição, entendi que o Brasil tinha a obrigação de ganhar uma medalha de bronze. E ganhou. Está classificado para o Pré-Olímpico das Américas, e acredito muito que irá se classificar para o Pré-Olímpico Mundial, que é onde o bicho pega de verdade. Estou confiante na evolução da equipe sob o comando do Neto, confiante na busca da seleção por uma vaga em Tóquio.

Clarissa em ação na conquista do bronze do Brasil na Copa América — Foto: Divulgação Fiba
Clarissa em ação na conquista do bronze do Brasil na Copa América — Foto: Divulgação Fiba

Só que ainda há ajustes a serem feitos. Ainda precisamos de uma jogadora de fora do garrafão que possamos contar com sua regularidade. Ainda não encontramos essa jogadora. O dia que encontrarmos, será perfeito. Nesse momento, é a Patty que sobressai um dia, outro dia é a Ramona, e outro a Tainá.

Os altos e baixos são o grande calcanhar de Aquiles do Brasil. E é nessa situação que os adversários abrem 10 pontos na partida. O próximo passo para a nossa seleção é encontrar essa jogadora de fora do garrafão que vai nos dar 15 pontos todas as partidas. É preciso achar essa peça imune aos altos e baixos. Se isso for ajustado, a seleção vai bem.

Hortência Marcari

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