Aberta a temporada de caça e a corrida aos cargos pelos políticos de plantão em todo o território nacional. Na Bahia, mais especificamente em Feira de Santana, os tambores de guerra começam a esquentar sob o ritmo da insaciável sede pelo poder.
Os postulantes, em sua considerável maioria, são sempre os mesmos. Quando as suas atuações não são exitosas, na área em que atuam, o que reduz as suas chances de retornarem ao poder, eles procuram novos nichos para se abrigarem. Isso aconteceu com José Sarney e continua acontecendo com muitos outros políticos, de forma indistinta, por todo território nacional.
Exemplo mais recente vem acontecendo na Bahia, o ex-prefeito por duas vezes de Salvador, João Henrique foi considerado, em sua última gestão, como o pior prefeito do Brasil. Após o fiasco político, volta os olhos para o que ele denomina “carinhosamente” como sua terra natal, Feira de Santana.
Para isso, disse já ter providenciado a transferência do título e de seu domicílio eleitoral. “O meu nome estará na urna”, garante. Entretanto faz a ressalva de que conversações já se encontram sendo entabuladas com outros partidos. Ao que parece está preparando terreno para voltar para a Assembleia Legislativa.
O que nos chama a atenção é o fato de ter dito que o seu projeto é levar a experiência de Salvador para a terrinha de Lucas. Tamanhas distorções na política estão conduzindo a nação para o caos social. Como se não bastassem a falta de renovação no setor, se perpetua as oligarquias.
A primeira esposa do prefeito João Henrique emplacou o cargo de deputada estadual, o seu pai João Durval Carneiro, foi senador, prefeito e governador, o seu irmão Sérgio Carneiro, deputado federal e vereador. Houve a tentativa frustrada de inserir um terceiro irmão na política, mas acabaram dando com os burros n’água.
Agora o filho de João Henrique é candidato a vereador, em Salvador. Definitivamente, a anarquia tomou conta do Brasil e ao que parece, veio para ficar. Triste Bahia.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
