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IMBASSAHY AINDA FAZ LOBBY POR REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Deputado federal baiano Antônio Imbassahy

Já fora do Ministério da Secretaria de Governo, o deputado federal baiano Antônio Imbassahy ainda faz lobby pela reforma da Previdência, proposta de Michel Temer com grande rejeição entre os parlamentares no Congresso Nacional. O tucano admite, contudo, que é árdua a tarefa do peemedebista de buscar os 308 votos mínimos necessários para aprovar a matéria.

“A primeira versão da reforma da Previdência não estava boa, tivemos que mexer. Não dava para mexer com o trabalhador rural, removemos isso. Hoje a reforma da Previdência está baseada na idade – que não modifica a idade mínima imediatamente – e os privilégios. A cada dois anos que passa, você acrescenta mais um ano. Quem está aposentado, continua recebendo a mesma coisa, o que muda é a idade, que é uma coisa suave. Você traz para o sistema de aposentadoria um sistema igual para todos, sem privilégios. Fazer proselitismo contra a Previdência é coisa de gente que não conhece direito, gente que está agindo de má-fé”, disse o deputado em entrevista à rádio Metrópole nesta segunda-feira.

O deputado baiano admitiu a seriedade do racha tucano, o que tornou inevitável sua saída da pasta. Na visão do parlamentar, a equipe se saiu bem para estabilizar o cenário político. “Dentro do PSDB tem diversos sentimentos e sentimentos que não correspondem ao desejo nacional. Mas deixa para lá. Há quem diga que possamos ter uma redução drástica no desemprego no ano que vem. Essa tarefa de recuperar a economia dependia da estabilidade política e eu contribui para isso”.

Imbassahy fez mistério sobre sua saída do PSDB, mesmo já estando completamente isolado pelos comandantes do partido e nível local.

“Na verdade, a gente sempre mantém a dignidade do voto que recebeu. Estou atento e acompanhando tudo, desejo sorte ao PSDB, que ajudou muito o Brasil. Como diz a Bíblia ʹtudo tem seu tempoʹ. Não estou fazendo nenhum movimento de saída do partido. Tem gente que me procura para sair do partido, mas eu sempre tenho cautela”, afirmou o tucano em entrevista à rádio Metrópole ontem.

O ex-ministro perdeu apoio dos líderes baianos do PSDB, os também deputados federais João Gualberto (presidente estadual do partido) e Jutahy Magalhães Jr., por decidir se manter fiel ao governo de Michel Temer, aderindo à ala decadente da legenda em nível nacional, composta pelos poucos deputados que ainda apoiam o senador Aécio Neves.

O ex-ministro se movimenta para entra no PMDB, mas esbarra em sua pretensão de disputar uma vaga para o Senado na provável chapa do prefeito ACM Neto (DEM) na disputa pelo governo da Bahia em 2018.

Leonardo Attuch

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