Tempo - Tutiempo.net

‘SOLDADO DE RUI’, MARCOS MEDRADO VAI PARA O PODEMOS

Após uma jornada que durou seis meses de espera, Marcos Medrado (PR) tomou posse como deputado federal na terça-feira (28), e já está prestes a trocar de partido. Ele confirma que está com um pé no Podemos (antigo PTN). Para acertar sua entrada no partido, depende apenas do aval do governador Rui Costa (PT), de quem diz que é “soldado”.

“Já tive ontem uma conversa com a direção nacional do Podemos, e posso dizer que estamos avançados. Vou agora ter uma conversa com o governador Rui Costa para acertar essa coisa, porque não vou tomar a decisão de entrar em algum partido sem antes conversar com ele. Preciso de um partido que me dê condições de me eleger deputado nas eleições de 2018, e o Podemos é um partido da base do governador da Bahia. Já conversei também com o deputado Bacelar (presidente do Podemos na Bahia), e ele me recebeu muito bem. Estamos avançando”, diz Medrado.

Ele lembrou a “situação desgastante” que ele enfrentou com o prefeito ACM Neto (DEM). “Neto tem domínio sobre Colbert Martins, e mandou ele protelar o máximo possível para me matracar mesmo. É o estilo dele. A Bahia ficou com menos um deputado por 60 dias. Tia Eron não voltou para a Câmara, e Colbert não quis vir. Foi perseguição clara. Ele queria que eu fosse de qualquer jeito para a base dele, e eu disse desde o início que não iria”.

Para assumir o mandato que originalmente é da deputada licenciada Tia Eron (PRB), atual secretaria de Promoção da Igualdade de Salvador, Marcos Medrado dependia ainda da recusa de mais um aliado de ACM Neto, o vice-prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, do PMDB. Ele é suplente da coligação e vem antes de Medrado na fila.

Apesar da alegada pressão por parte de ACM Neto, o peemedebista não quis renunciar à vice-prefeitura da Princesa do Sertão para assumir o mandato na Câmara.

Tudo começou em janeiro deste ano, quando Tia Eron deixou o mandato de deputada para assumir a secretaria do prefeito de Salvador. Dois meses depois ela voltou à Câmara para participar de votações e passou mais dois meses no exercício do mandato. Em abril ela retornou à secretaria, e desde então a vaga na Câmara estava desocupada novamente.

Leonardo Attuch

OUTRAS NOTÍCIAS