Feira de Santana é um município brasileiro do estado da Bahia, situado a 107 km de sua capital, Salvador, à qual se liga através da BR-324. Feira é a segunda cidade mais populosa do estado e maior cidade do interior nordestino.
Localiza-se a 12º16’00” de latitude sul e 38º58’00” de longitude oeste, a uma altitude de 234 metros. Sua população estimada em 2009 era de 591.707 habitantes. Ganhou de Ruy Barbosa, a alcunha de “Princesa do Sertão”, apesar de localizada no agreste baiano. A cidade encontra-se num dos principais entroncamentos de rodovias do Nordeste brasileiro, é onde ocorre o encontro das BRs 101, 116 e 324, funcionando como ponto de passagem para o tráfego que vem do Sul e do Centro Oeste e se dirige para Salvador e outras importantes cidades nordestinas. Graças a esta posição privilegiada e à distância relativamente pequena de Salvador, possui um importante e diversificado setor de comércio e serviços, além de indústrias de transformação e a Universidade Estadual de Feira de Santana, além de diversas faculdades particulares. |
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Dados Geográficos.
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Paço Municipal Maria Quitéria.
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O prédio começou a ser construído pelo intendente Bernardino da Silva Bahia, em 1922 e, é definido como estilo arquitetônico eclético, seguindo influência européia, o Paço Municipal Maria Quitéria foi projetado pelo engenheiro Acioly Ferreira da Silva. |
Estádio Municipal Jóia da Princesa. |
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Texto Carlos Lima O estádio foi batizado com o nome de Alberto Oliveira, em homenagem ao ex-vereador e ex-presidente do Fluminense de Feira Futebol Clube. Mas o público conhece o estádio como Jóia da Princesa. A inauguração foi realizada pelo governador Luiz Viana. Para marcar a data, o Fluminense de Feira jogou amistosamente contra o Vasco da Gama do Rio de Janeiro, perdendo pelo escore de 1 X 0, gol contra do zagueiro Val. |
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Museu de Arte Contemporânea – MAC. |
Criado em 1967, pelo empresário Assis Chateaubriand, o Museu Regional de Feira de Santana foi instalado em um prédio da Prefeitura Municipal, adaptado na época, sob a orientação dos arquitetos Jader Tavares, Diocleciano Barreto, Fernando Frank e Oto Gomes.
No final de 1995, a Universidade Estadual de Feira de Santana, qu8e administrava o Museu, transfere todo o acervo para o Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), que surgiu com a revitalização da área onde funcionou a antiga Escola Normal, na rua Conselheiro Franco. O poder público municipal, consciente da importância histórica do edifício que durante quase trinta anos abrigou o Museu Regional, o Departamento de Cultura desenvolveu um projeto visando a preservação do espaço como área cultural, e criou o Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. Em julho de 1996. Definitivamente, a cultura de Feira de Santana incorpora, em seu acervo, a tecnologia. A partir da inauguração do MAC, a cidade cria um novo conceito de museu. Os quadros pendurados em posições imutáveis deram lugar, oportunamente, às imagens duma tela de computador ligado à internet, a rede mundial de computadores. Tornou-se um museu vivo. O primeiro museu hight tech de todo Norte/Nordeste. Navegando pelas ondas da internet, o visitante conhecerá os acervos dos principais museus do mundo. A concepção inovadora do espaço, onde funcionou por décadas o Museu Regional, é mostrar as grandes obras artísticas da humanidade, trazendo ao público a produção dos artistas da região, tirando das exposições o aspecto contemplativo para algo que possa ser questionado. Os visitantes têm acesso a um banco de dados imensurável em museus de várias partes do mundo e incursões em galerias dos grandes centros, onde normalmente acontecem vernissages de artistas conhecidos. A idéia é promover um longo e fecundo intercâmbio com artistas de outras regiões. A tecnologia de ponta utilizada pelo MAC permite, entre outras coisas, a ampliação do conhecimento cultural de toda uma comunidade. Na primeira exposição coletiva realizada do MAC, participaram vários artistas, tanto do interior como da capital. De Salvador mostraram seus trabalhos: Calasans Neto, Juarez Paraíso, Silvério Guedes, Baldomiro da Cruz, Chico Liberato, Fernando Pinto, João Rosa, Tati Moreno, Washington Falcão e Sante Scaldaferri. De Feira de Santana: Antônio Brasileiro, Jorge Galeano, Maristela Ribeiro, Herivelton Figueiredo, José Arcanjo, Graça Falcão, Edson Machado, Hélio Dórea, Lucely Guimarães, Luiz Gonzaga, Nanja, Pithon, Nailson Chaves, Rosalice, Sônja Cardoso, Dalbert, Cida Vasconcelos, César Kelly, Bena, Rui Passos e Mirian Abdon. De Cachoeira: Luiz Marcelo e Pedro Arcanjo. |
Festa de São João e São Pedro.
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Com a chegada do mês de junho, também chega às tradicionais festividades do São João e do São Pedro. A maior festa de São João acontece na sede do distrito de Maria Quitéria, povoado de São José. São montados palcos e barracas no largo do povoado. Nos palcos atrações regionais e nacionais se apresenta. Acontecem também exibições de quadrilhas juninas, além de muita comida da época, como: milho assado e cozido, amendoim cozido, canjica, pamonha, licor, fogueiras e muito forró. No dia 24 na sede do município e em outras localidades da zona rural, acontecem muitas festas de forró, o arrasta pé autêntico, onde se reúnem famílias amigos para se divertir manter as tradições juninas. O São Pedro tem as mesmas características do São João e é comemorado nos dias 28 e 29 de junho. O foco principal e o mais famoso da região, é realizado no distrito de Humildes, com dois palcos armados na praça principal onde desfilam grandes artistas. Em outros distritos e povoados também acontecem comemorações do São Pedro. |
Expofeira.
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Essa é uma festa de raça. No mês de setembro, além da festa cívico-militar do 7 de setembro, na avenida Presidente Dutra, acontece a Exposição Agropecuária de Feira de Santana – a Expofeira – no Parque de Exposição João Martins da Silva, na rodovia Feira-Salvador, Br 324. Nesse período reúnem-se criadores de todo o Estado e de várias partes do país, que expõem as principais raças de bovinos, eqüinos, caprinos ovinos, ale de pequenos animais. Grandes empresas expõem equipamentos agrícolas e agências bancárias montam estandes. Acontece concurso de animais, leilões, exibições de animais adestrados, enfim, é uma festa imperdível que movimenta grandes recursos e movimenta financeiramente o agronegócio em Feira de Santana. |
Observatório Astronômico Antares – UEFS. |
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O Observatório Astronômico Antares de Feira de Santana na Bahia, foi fundado oficialmente em 25 de Setembro de 1971, e posteriormente incorporado ao patrimônio da universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, em agosto de 1992. O Observatório Astronômico Antares constitui-se em um centro de pesquisas no campo das ciências astronômicas, física solar, e de sensoriamento remoto. |
Mercado de Arte Popular.
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O Mercado de Arte Popular (MAP), fica localizado na praça João Pedreira e é um verdadeiro santuário do artesanato feirense e regional. Pode encontrar desde a carranca do velho São Francisco até as bonecas de pano vestidas de baianas; jangadas, pratarias artesanato em couro, madeira e fibra, chaveiros diversos com lembranças da Bahia e de Feira de Santana. Existe também boxe de café e chá, restaurantes servindo comidas típicas, como: Maniçoba, carne-de-sol, sarapatel, caruru, vatapá e outras delícias da cozinha baiana. Nos finais de semana sempre é programado exibições de artistas da terra e demonstração do jogo de capoeira. No entorno do MAP, existe diversas lojas que comercializam de jóias a saborosos requeijões, doces de frutas, rapadura e famosos doce-de-leite. |
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Comer, comeeeeeeer …
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Em Feira de Santana o seu apetite será aguçado pela comida regional. Você jamais deve deixar de saborear a apetitosa e apimentada maniçoba. Também não deve deixar de experimentar um belo prato de sarapatel; mocofato; mocotó e as delícias de um tira-gosto de tripa de porco assada e costelinha de bode na brasa. Essa é parte da cozinha sertaneja. É irresistível uma carne-de-sol assada na brasa, com aimpim na manteiga de garrafa, o feijão verde, a farofa e o queijo de coalho assado. Não se pode dispensar a feijoada, a língua de boi, o churrasco e os pratos da cozinha italiana, chinesa, japonesa, árabe e mexicana. Tudo vai depender da sua escolha. Tem mais. Não vamos esquecer de que, Feira de Santana fica a menos de100 quilômetros do mar. Portanto também possui oferta deliciosas moquecas de peixes, camarão, lagosta e pitu. A mariscada é completa e inimitável. Caldos diversos, entre eles destacam o de sururu e camarão. Não se assuste com os diversos tabuleiros espalhados pela cidade, neles você encontra o acarajé – com pimenta ou sem pimenta – o abará, as famosas e deliciosas cocadas de côco. Na madrugada, para espantar o frio, na praça de Alimentação, centro da cidade, pode-se beber um quentinho mingau de tapioca ou de milho. Feira de Santana é uma cidade acessível e não se gasta muito para se ter uma excelente refeição. |
A arte de Gil Mário.
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Aos 56 anos de idade, Gil Mário de Oliveira Menezes, é um dos mais importantes artistas plásticos da Bahia. Nas suas pinturas, conteúdo e forma abstrata estão juntas e afastam qualquer possibilidade dese enxergar estéticas vazias e conteúdos licenciosos.
Gil Mário baila com cores e expressões nos grandes salões do imaginário e do folclore regional e nordestino. Sua temática registra nas telas a exuberância da flora e fauna, inspiradas nas recordações de infância e adolescência, quando em curtas viagens degustava os aspectos da zona rural na região de Feira de Santana, visitando fazendas de amigos e familiares. No entanto, em suas telas não se vê os tradicionais temas de miséria e flagelo sob um sol implacável. A arte de Gil Mário, possuidor de rara técnica, quando direcionada ao folclore, impressiona pelo resgate da cultura de um povo que sobrevive numa região seca, esquecida dos governantes, e que são afagados pelos espinhos de mandacarus e pela insensibilidade do poder público. O crítico de arte Marcus de Lontra Costa foi de extrema felicidade quando afirmou que Gil Mário “põe sua pintura a serviço do seu povo no imediato instante que a transforma numa documentação livre e poética, aberta à incursões pelo mítico universo da cultura popular”. O momento mais expressivo desse artista feirense contraria as normas acadêmicas, é justamente quando fez uma reavaliação de sua produção, que, para muitos pintores só ocorre em uma etapa mais avançada da vida. Essa avaliação ocorreu durante o mês de novembro de 2002, no Museu de Arte Contemporânea, ocupando três salas, com 53 telas e uma escultura, registrando em cada um desses espaços uma fase de sua premiada carreira e oferecendo ao público a sua trajetória nas artes plásticas, com trabalhos que vão do formalismo de antanho, até à abstração formal da atualidade, além de p assar pelo tema folclórico. Gil Mário é sem dúvida um dos maiores pintores da Bahia, e deixa o feirense envaidecido. |
Um mundo diferente nos museus. |
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Texto Egberto Costa O visitante encontra uma ala dedicada a cultura regional, com selas, ferros, tronco de punir escravos, baús, cabrestos, chocalhos, cama feita com lastro de couro de boi, ferro de marcar animais, além de outros apetrechos da época. Na rua Germiniano Costa, está o Museu Municipal de Arte Contemporânea, onde se realizam sempre exposições e existe um acervo de artistas locais. Também existe o museu virtual. O prédio já abrigou o Campo do Gado, com arquitetura diferenciada. No Museu Casa do Sertão, na área do campus universitário, está o resumo da vida do sertanejo, da sua cultura e do seu modus vivendis. Pegue um cordel e leia as aventuras das donzelas, as peripécias de Satanás com Pedro Malazarte, as brabezas dos coronéis, etc. etc. etc. No setor da discoteca ouça cantorias, desafios, emboladas. Admire os utensílios domésticos, elementos de decoração e brinquedos. Ao sair veja bolandeiras, carros-de-boi, entre outros equipamentos em exposição. A fábrica de pneus Pirelli, na Br 324, rodovia Feira – Salvador, mantém um pequeno museu de cultura regional, onde se encontram peças de madeira, de barro e artesanato em fibras. Para visitá-lo é preciso marcar com antecedência junto à direção da empresa. Caso tenha predileção pela arte sacra, não deixe de visitar o Museu da Igreja de São José, no distrito de Maria Quitéria. Aprecie belas imagens e alfaias. Aí se tem a oportunidade de conhecer um belo sítio bucólico, perdido no tempo. É lugar onde Feira de Santana nasceu e foi sua primeira sede. É berço da heroína Maria Quitéria. Ainda resta um pouco da arquitetura colonial.
Outro distrito com lindas imagens sacras é Jaguara, da freguesia de Bom Despacho. Para conhecer estes tesouros é preciso ter sorte para que a Igreja de Nossa Senhora do Carmo esteja aberta. Em Jaguara se pode desfrutar as belezas do rio Jacuípe e refrescar-se em suas águas. A barragem é um convite tentador. A Igreja de Nossa Senhora dos Humildes, no distrito de Humildes, tem imagens sacras de rara beleza. Fica localizada na pracinha, dominando toda a sede. É rodeada por belo jardim. Embora abrigue algumas indústrias e esteja próximo das rodovias Br 324 e Br 101, o bucolismo domina seus dias pachorrentos. |
Carlos Lima- matérias publicadas inicialmente no Site jornal da Povo