Tempo - Tutiempo.net

O DEM pode ser alijado do poder em Feira de Santana/por Carlos Lima.

Ex-prefeito José Ronaldo

Não é aconselhável se fazer previsões em comentários  presumíveis.

No entanto uma publicação me chamou a reflexão.

O fato divulgado afirma que o partido “Republicano”, recebeu  convite para fazer parte da chapa majoritária do MDB na tentativa de reeleição do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, ocupando a vaga de Vice-prefeito.

O significado político dessa coligação coloca o DEM fora do poder executivo do município e deixa o ex-prefeito José Ronaldo na briga para fazer maioria no Legislativo.

Seria uma estratégia ariscada dos democratas diante do projeto eleitoral para ao pleito de 2022, em planejamento.

Além do desgaste político, irreversível, da liderança de José Ronaldo.

Sua única alavanca de força e poder estaria concentrada na lealdade dos vereadores eleitos pelo DEM, e na aliança com outros partidos para manter uma maioria, no mínimo, simples, ou seja, de 11 vereadores.

Se houver aumento do número de cadeiras na Câmara, que é legal e pode acontecer. Essa maioria se tornaria mais difícil.

Certeza mais ajustada a essa situação seria fragilizar a força do ex-prefeito (José Ronaldo) diante do prefeito eleito.

Não acredito que Ronaldo seja um inocente político para acreditar que nessas condições, o prefeito Colbert  mantenha o alinhamento atual. (Subserviência em determinadas decisões).

Para os Republicanos, do pastor Edi Macêdo, esse é o projeto elaborado através do lançamento da candidatura do deputado estadual, José Arimatéia, a prefeito do município.

Todos sabem que no momento, o deputado não possui cacife eleitoral para fazer uma campanha vitoriosa. Descartar essa possibilidade futura, não é plausível. Como disse Ulisses Guimarães, ‘Política é como nuvem, a cada momento apresenta uma formação diferente’.

Para prefeito, no momento, não tem nuvem certa para Arimateia.

Quem teria feito o convite aos Republicanos?

Não crio que tenha sido José Ronaldo, ou que ele tenha concordado. Políticos não são adversários, nem aliados para sempre.

Nessa gangorra de poder e vaidades o que prevalece são as possibilidades e os interesses pessoais.

Se Ronaldo pretende se aposentar, politicamente, o indício mais objetivo dessa intenção é concordar com esse convite.

Agravando profundamente as possibilidades do seu partido.

Carlos Lima

 

OUTRAS NOTÍCIAS