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Partidos aliados e lideranças já buscam os caminhos para eleger ACM Neto Governador da Bahia

ACM Neto e José Ronaldo

 Essa é uma busca normal e estratégica diante desgaste do Partido dos Trabalhadores (PT), na Bahia e no Brasil.

Tratando-se de Bahia, o nome de ACM Neto explodiu nas eleições municipais de 2016, não que o governador Rui Costa esteja caído nas tabelas. Trata-se do resultado de uma prática política administrativa equivocada, além de subestimar seus adversários, com os quais dividiu o poder e enfraqueceu a sua própria militância.

Muitos ainda comentam para os adversários tudo, para autênticos petistas, nada. Essa pode ser considerada a principal prática do PT feirense.

O PT nacionalmente é hoje o resultado de sua incompetência política no gerenciamento ideológico  de suas ações enquanto governo tido como popular.

A oposição encontrou o perímetro abandonado, avançou sorrateiramente, conquistou espaços, fez aliados fortes e importantes.

Quando o PT desceu do pedestal não encontrou um solo seguro, suas bases viraram areia movediça. E, o processo de desestabilização já se tornará uma realidade, o resto foi muito fácil.

Uma rápida passagem pela história para ilustrar esse nosso pensamento.

A Peste Negra, praga que assolou a Europa medieval em 1347, foi fichinha em comparação com a devastação que a oposição causou ao poder do PT e a sua própria existência no Brasil.

A oposição fez como os Mongóis que sitiavam Cafa (um posto comercial genovês fortificado, hoje chamado Feodósia, na Criméia).

Perdendo a credibilidade diante das ações sociais implementadas pelo PT, mudaram de estratégia.

Um estrategista de oposição, discípulo de Maquiavel comentou: tudo que fizemos, eles também estão fazendo, portanto vamos imputar ao governo deles que criaram uma quadrilha para assaltar o país. Vamos chama-los de petralhas.

Como sabemos todo o procedimento de propina; desvio de dinheiro público; superfaturamento de grandes obras; corrupção em todos os setores da economia nacional só será preciso conquistarmos fortes aliados na Justiça, na grande imprensa e jogar a culpa no PT.

Alguém perguntou: se estamos no meio como evitar que respingue em nós?

A resposta foi obvia: – É um risco calculado, tudo dependerá do comportamento da Justiça e do apoio dos principais órgãos de comunicação e dos profissionais que iremos cooptar para a nossa causa.

– Mesmo assim algumas baixas ocorrerão, será em prol de uma causa maior, esse sacrifício com certeza será recompensado.

-Assumindo poder, ajudaremos aqueles que eventualmente tenham ido para o sacrifício. As formas existem e nós sabemos muito bem como fazer.

Voltando a história

Na praga da Peste Negra tem uma semelhança. – Os mongóis perdiam a Guerra e estavam sendo dizimados pela doença, então se dispuseram a fazer uma última ofensiva.

Usando catapultas gigantes, lançaram por cima dos muros da cidade os corpos ainda quentes das vítimas da praga.

Quando alguns soldados genoveses mais tarde fugiram em suas galés da cidade varrida pela peste, espalharam a doença em todos os portos que visitaram.

 E assim a oposição fez, espalhou suas mentiras e meias verdades contra o governo do PT e contra os petistas.

Os menos avisados acreditaram, compram uma briga sem saber sobre o que se discutia no núcleo político da oposição.

A justiça entrou com o julgamento do Mensalão, abriu investigação sobre denúncias de corrupção, superfaturamento e propina que corroía a Petrobrás, surgindo assim a operação Lava Jato e um juiz de primeira instância imitando Joaquim Barbosa e querendo fazer o seu nome.

O resto veio como uma avalanche de neve. Bastou um grito e as operações fantasiosas ou não, começaram a surgir e prender gente importante. Mas importante para o PT.

O trabalho de desconstruir o Partido dos Trabalhadores obteve eco. E assim uma situação endêmica foi se construindo.

O foco era corroer, desgastar, desacreditar, fazer opinião e neutralizar a popularidade das grandes lideranças petistas e do próprio Partido.

Deu certo, venceram, e a situação endêmica virou epidemia que ainda não foi debelada. Muita coisa ainda vai acontecer, o prazo para a derrocada final é outubro de 2018.

Na Bahia onde o PT detém o governo do Estado, a sua fragilidade política foi decretada nas eleições municipais, os dois maiores colégios eleitorais impuseram uma derrota acachapante à liderança petista.

Além do mais o PT encolheu de tal forma que para enxerga-lo como força política hoje não se consegue nem com a ajuda de uma potente lupa.

Portanto, está evidenciado que a oposição na Bahia está amplamente fortalecida para o processo eleitoral de 2018, quando o grupo político encabeçado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, será praticamente imbatível na sua caminhada ao palácio de Ondina. Se continuarem as mesmas posições.

O prefeito de Feira de Santana a segunda maior cidade da Bahia, José Ronaldo, será peça importantíssima para essa mudança no cenário político do Estado. Não desmerecendo outras lideranças que dão capilaridade eleitoral e força política ao grupo

Dessa forma é natural que a montagem da engrenagem que se inicia terá efeitos devastadores na densidade eleitoral do governador Rui Costa.

A Lava Jato na Bahia vem sendo mantida em uma falsa calmaria. Mas o fogo é monturo, está queimando e ninguém sabe. Uma situação de desgaste e sérios prejuízos políticos ainda estão por acontecer.

Diversos nomes estão sendo cozinhados em “banho Maria”.

O PT construiu e vestiu uma capa para torna-lo invisível e imbatível. Fugiu da realidade, foi irresponsável, e tão corrupto quanto os demais. A resposta para tanta incompetência não poderia ser outra.

Não se faz política com inimigos ideológicos.

Não se faz política espalhando.

Não se faz política abandonando a militância.

Não se faz política abrindo mão do poder de decisão.

Não se faz política perdendo o controle.

O PT mudou, abandonou o leito do seu rio e preferiu ser córrego.

 Aqui na Bahia os dias do PT serão difíceis, Podem até esboçar uma reação. Dependem apenas de superar sua incompetência interna de fazer política espalhando.

Sabe porquê?

Porque perderam a credibilidade e o respeito político de si próprio.

cljornal

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