É imensurável a confirmação das ações negativas e protetivas dos interesses pessoais praticados por integrantes do Poder Legislativo de Feira de Santana.
A última medida adotada veio por intermédio do vereador, Marcos Lima, líder do governo Colberet Martins, ao apresentar uma emenda à lei 3736 de 12 de setembro de 2017, que dispõe sobre emissão de sons e ruídos sonoros no município.
A lei é de autoria do Poder Executivo e regulamenta as emissões de sons e ruídos sonoros e, determina apreensão desses equipamentos. Ação considerada de vital importância para o combate à poluição sonora.
Demonstrando que a representatividade legislativa da defesa dos interesses do povo é apenas uma questão de retórica, o vereador em questão, para atender interesses familiares, com ajuda corporativa dos seus pares apresentou e aprovou uma lei que fragiliza pela raiz o combate a este tipo de poluição.
As mudanças proíbem que os equipamentos não mais sejam apreendidos.
Podem perguntar: qual foi a motivação que impulsionou o vereador a fazer tal mudança na lei?
Simples: informações que constam nas redes sociais, o irmão do vereador Marcos Lima é proprietário de uma loja no centro da cidade, que foi fiscalizada pela Secretaria do Meio Ambiente após denúncia de poluição sonora e fez apreensão dos equipamentos responsáveis pela desobediência a lei 3736, que permite o uso de 60 decibéis entre 22h e 7h, e 70 decibéis entre 7h e 22h.
Conforme as informações, o vereador se dirigiu a Secretaria com a intenção de liberar o som do seu irmão e não conseguiu.
Essa prática tem sido costumeira, outros vereadores já tiveram o mesmo procedimento e a resposta foi sempre contrária aos seus interesses.
Decepcionado com a negativa e com a provável intenção de mostrar força, líder do governo, apresentou emenda ao projeto e modificou alei.
A ação corporativa do vereador Marcos Lima denota a verdadeira face de um legislativo apodrecido pelo falso comportamento de parte dos seus representantes, que eleitos para uma função nobre, que é defender os interesses da comunidade. Eles se corrompem diante de uma autoridade que lhes fora outorgada, e desconhecem ser a mesma efêmera e questionável.
Recentemente esse edil foi a Brasília, não se sabe se com recursos próprios ou do erário, utilizando-se de argumento insustentável de que estaria em busca de recursos para duplicação do Anel de Contorno da cidade.
Deputados federais, estaduais, senadores e até prefeitos, já realizaram essa peregrinação e não obtiveram êxito em suas demandas.
O vereador usou de artifícios para mais uma vez enganar o povo e obter dividendos eleitorais.
Esses são os homens que se dizem representar o povo. Na realidade representam e defendem a si mesmo. O povo é um meio e não o fim.
As eleições municipais, em todo o país, acontecem em outubro de 2020.
Todos devem pensar e analisar que não vale a pena reeleger essas figuras nocivas à sociedade.
É preciso mudar
Carlos Lima