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MANDE, MANDELA

O anjo da morte desceu ontem sobre a África do Sul para silenciar o grande guerreiro,nascido em 1918.

Nelson Mandela morreu aos 95, quase centenário. O homem negro que dedicou a vida lutando contra as injustiças cometidas pela segregação social no seu país não mais respira.!

Não importa. O que vale mesmo é o legado histórico que construiu com a consciência de quem sempre soube que as nossas palavras não são palavras vãs, com a consciência de quem sabe a importância da cor filosófica de sua pele, a importância da etnia negra e o valor humano que ele passou para sul-africanos e para todo o mundo.

Mandela, ao assumir o poder na África do Sul como primeiro presidente negro, poderia ter sido raivoso e vingativo mas preferiu ser o arquiteto de uma nova África do Sul.

Acredito que Nelson Mandela transformou-se no grande líder político do século XX e não percebo em tempo recorde que uma liderança da magnitude dele, surja neste nosso século XXI, porque já não vemos políticos que tenham interesses sociais e humanitários como Nelson Mandela.

O que temos são políticos com interesses e objetivos muito claros de satisfazer o seu lado pessoal e de grupos em detrimento do bem-comum.

Adeus, a Nelson Mandela é pouco. Sepultá-lo ou cremá-lo é o caminho natural do homem que falece. A morte é inexorável.

Mas, o essencial é sabermos que perdemos não apenas um homem que foi presidente da África do Sul, não.

Foi o homem que lutou pela ética, pela liberdade, pelo respeito aos direitos humanos, um guerreiro que durante décadas viu a sua liberdade cerceada dentro de uma prisão; a liberdade física, pois a mental viajava pelo mundo através das suas mensagens mostrando a necessidade de se mudar as relações políticas de poder no seu país.

O legado que Mandela nos deixa é que o essencial é trabalharmos em cada país para que outros Mandelas possam surgir com as mesmas características do falecido lider.

Mandela morreu, como cavaleiro da paz, como cidadão do mundo.

Adeus, Nelson Mandela, líder negro que queria todos irmanados e livres como todos os homens devem ser. Que um dia, novos Mandelas surjam no mundo para limpar o tanto de sujeira que há no campo da política partidária.

Mandela partiu, mas nos deixou diversas conquistas e lições de que o homem pode governar objetivando a vida social e deixando os seus interesses pessoas bem distante dos seus desejos de ser grandioso para os seus governados.

 

Fonte: Cezar Ubaldo

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