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O governo Macri, assim como Bolsonaro, é impossível de engolir, diz Rui Costa Pimenta

Foto: Divulgação/ Reprodução Brasil 247

O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, conversou com a TV 247 sobre a derrota do presidente da Argentina, Mauricio Macri, na disputa das eleições prévias contra a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Ele também fez comentários acerca do vazamento de diálogos entre o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol que, juntos, decidiram por não apreender os celulares do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, preso pela operação Lava Jato.

Apesar de reconhecer que a derrota de Macri desperta a imagem de uma reversão da onda reacionária golpista na América Latina, Rui Costa Pimenta foi cauteloso ao fazer o balanço da vitória da chapa de Cristina Kirchner nas prévias e salientou: “estamos muito no começo do jogo. Não é tão simples e a situação não está definida”.

Ele afirmou que o resultado das primárias revela as tendências políticas para a América Latina. “Eu acho que a gente deve acompanhar, a eleição é um fato muito importante para a luta política no Brasil porque mostra as tendências. Não quer dizer que o que acontecer na Argentina vai acontecer no Brasil, mas revela quais são as tendências gerais no continente”.

Brasil x Argentina

O presidente do PCO traçou um paralelo entre o governo Macri e o brasileiro de Jair Bolsonaro e os classificou como intragáveis. Ele ressaltou que é preciso ter cuidado com os “mecanismos democráticos” das eleições porque são, segundo Rui, “facilmente manipuláveis”, tal qual aconteceu no Brasil.

“A preferência eleitoral em favor da Cristina Kirchner e do candidato dela era previsível. O governo Macri, assim como o governo Bolsonaro, é uma coisa impossível de tragar, mas não tenho tanta confiança nos ditos ‘mecanismos democráticos’. Acho que isso é facilmente manipulável e que pode ser fraudado. Nós vimos isso no Brasil”.

Ainda sobre Jair Bolsonaro, Rui Costa Pimenta lembrou a declaração do presidente brasileiro que afirmou que a Argentina estaria “trilhando o rumo da Venezuela” e que os “bandidos de esquerda” estariam voltando ao poder.

“Várias declarações do Bolsonaro já davam para instaurar processo contra ele há muito tempo”, disse o presidente do PCO.

Lava Jato e Eduardo Cunha 

Na última segunda-feira (12), o The Intercept Brasil, por meio do site Buzzfeed, divulgou diálogos entre o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol nos quais o ex-juiz da operação Lava Jato instrui que os aparelhos celulares do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não fossem apreendidos pela Polícia Federal.

Para Rui Costa Pimenta, a apreensão dos celulares de Cunha, em uma situação de normalidade, seria praxe. “Uma pessoa que, por unanimidade nacional, é um bandoleiro político. Ele está sendo acusado de coisas conspirativas, então, uma vez preso, a polícia deveria pegar o celular dele”.

Brasil 247

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