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Autor de ataque a mesquitas admirava Trump, China e Breivik

Imagem mostra quando atirados transmitiu ao vivo pela internet o massacre na Nova Zelândia (Foto: reprodução redes sociais)

Um dos autores do atentado a duas mesquitas na Nova Zelândia é um jovem australiano de 28 anos identificado como Brenton Tarrant, que se definiu como “fascista” e elogiou o presidente norte-americano, Donald Trump, e a China em um “manifesto” intitulado “A Grande Substituição”.

Tarrant transmitiu ao vivo, via redes sociais, o atentado cometido nesta sexta-feira (15) e o qual deixou 50 mortos e 48 feridos. As mesquitas atacadas ficam em Christchurch. Além de Tarrant, outras três pessoas estão envolvidas no ataque a tiros.

De acordo com as primeiras investigações, Tarrant deixou um manifesto sobre o ataque, no qual diz que a China é um modelo de país, “uma nação com valores políticos e sociais mais próximos aos meus”. No documento de 74 páginas postado na web, ele também demonstrou admiração ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “símbolo de uma identidade branca renovada”.

Tarrant contou que seu objetivo era “criar uma atmosfera de medo” e “incitar a violência” contra imigrantes, valendo-se da cobertura da imprensa sobre o atentado para propagar suas ideias. Ele também evocou um documento escrito por Anders Behring Breivik, terrorista norueguês de extrema direita que matou 77 pessoas em 2011. Tarrant disse que teve um “breve contato” com Breivik e confessou que foi sua “única inspiração verdadeira”. “Eu escolho as armas pelo efeito que elas terão no discurso social, a cobertura midiática adicional que elas terão e o efeito que podem ter na política dos EUA e na situação política do mundo”, afirmou.

A polícia australiana considera Tarrant um “terrorista de extremadireita”. “Sou apenas um homem branco comum, de uma família normal, que decidiu adotar uma postura para assegurar o futuro do seu povo”, escreveu o atirador. A polícia da Nova Zelândia prendeu quatro pessoas envolvidas no atentado às mesquitas, sendo três homens e uma mulher.

Agência ANSA

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