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Boris Johnson quer proibir por lei extensão do período de transição do Brexit

(Foto: DYLAN MARTINEZ/REUTERS)

Após a vitória conservadora no Reino Unido nas eleições parlamentares da semana passada, tornou-se inevitável o divórcio dom a União Europeia.

Analistas e fontes europeias advertiram que o prazo de dezembro de 2020 é muito curto para negociar um ambicioso tratado de livre comércio, o que motivou o retorno dos temores de que o Reino Unido abandone a UE no dia 1 de janeiro de 2021 sem um acordo, informa a AFP.

Esta perspectiva provocou nesta terça-feira (17) uma desvalorização da libra esterlina, que às 9h30 (locais, 6h30 de Brasília perdia 1,2%, após as fortes altas registradas em consequência da vitória eleitoral esmagadora de Johnson na quinta-feira (12).

“Na semana passada, os britânicos votaram por um governo que faça o Brexit e permita ao país avançar. E isto é exatamente o que temos a intenção de fazer esta semana”, afirmou a fonte governamental.

O programa eleitoral do Partido Conservador “afirmava claramente que não não ampliaríamos o período de transição”, completou.

Por este motivo, a equipe de Johnson está reescrevendo o projeto de lei que deve traduzir para a legislação britânica o Tratado de Retirada assinado com Bruxelas para “proibir ao governo aceitar qualquer extensão”, destacou.

O primeiro-ministro, que tem agora uma cômoda maioria parlamentar, apresentará o texto ao Parlamento na sexta-feira, mas a aprovação final deve ficar para depois do recesso de fim de ano, a tempo de cumprir com a nova data do Brexit: 31 de janeiro.

O acordo de divórcio prevê um período de transição até 31 de dezembro de 2020 para evitar uma ruptura brutal e caótica para a economia. Durante este período, as duas partes devem negociar sua futura relação comercial.

Caso não consigam alcançar um acordo, o texto prevê a possibilidade de ampliar o período por até dois anos, mas para isto Londres deve apresentar o pedido até 1 de julho.

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